FOTOGALERIA: Veja imagens do protesto dos bombeiros no Centro
UMa manifestação realizada por bombeiros, na noite desta quinta-feira, já ocupa duas faixas da Avenida Presidente Vargas, pista sentido Praça XV, na altura da Candelária, Centro do Rio. Na quarta-feira, o protesto dos bombeiros deu um nó no trânsito das avenidas Presidente Vargas e Rio Branco.
Protesto de bombeiros deu nó no trânsito na quarta-feira
Foto da leitora Vanessa Rodrigues
Em nota sobre as manifestações que vêm sendo realizadas por um grupo de guarda-vidas há aproximadamente 30 dias, o comando do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Janeiro (CBMERJ) esclarece que, desde 2007, o Governo do Estado do Rio de Janeiro vem corrigindo os salários da Corporação, composta atualmente por mais de 16 mil militares.
A nota diz ainda que "a atual gestão tem investido tanto na melhoria da infra-estrutura dos quartéis, quanto na aquisição de equipamentos e viaturas. Hoje, o CBMERJ oferece à população de todo o estado um serviço ágil, com segurança a nossos bombeiros e de resposta rápida sempre em momentos extremos da nossa história. Por tudo isso, o comando da corporação lamenta que a manifestação tenha perdido seu caráter democrático colocando em risco a vida dos cidadãos fluminenses".Manifestação na Alerj
Mais de 500 bombeiros - a maioria guarda-vidas - interromperam por meia hora o trânsito na esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, no Centro do Rio, pela manhã, e voltaram a fechar parcialmente as vias no fim do dia, para protestar contra o baixo salário e melhores condições de trabalho. Os manifestantes recomendaram que banhistas evitem ir à praia enquanto durar a paralisação por causa da falta de salva-vidas na orla. “Não haverá quem resgate em caso de afogamento”, alerta o cabo Benevenuto Daciolo, um dos líderes do movimento.
Segundo a CET-Rio, foram registradas retenções na descida da Ponte Rio-Niterói, no acesso por São Cristóvão da da Linha Vermelha, Aterro do Flamengo, Praça da Bandeira e Radial Oeste . Um motorista de ônibus tentou furar o bloqueio e teve o vidro retrovisor do coletivo quebrado pelos manifestantes.
A sala de operações do 3º Grupamento Marítimo (G-Mar), em Copacabana, informou que apenas quatro - dois em Copacabana e dois no Leblon — dos 900 salva- vidas trabalharam. Eles atenderam a dois chamados de afogamento, nas praias de Ipanema e Copacabana. Segundo o G-Mar, o comando da corporação ordenou a esses bombeiros que passassem a noite nos quartéis.
No fim da tarde, os manifestantes saíram da Alerj em direção à Candelária e percorreram as avenidas Rio Branco, Almirante Barroso e Presidente Antonio Carlos, no Castelo. Os bombeiros reivindicam 100% de aumento sobre o salário base de R$ 950, o retorno aos quartéis de origem dos 36 praças e oficiais que aderiram ao movimento e foram punidos, cancelamento de Inquérito Policial-Militar contra os manifestantes, auxílio-transporte e melhores condições de trabalho.