Traumas, Lesões e outros

No socorro, a primeira providência do socorrista é estabelecer uma avaliação rápida e segura das vítimas. Avalia-se a cena e como ocorreu a colisão. Se esta foi frontal, lateral ou traseira. Como ficou ou ficaram, os veículos. Altura da queda, velocidade estimada, se houve uso de armas, calibre das mesmas, formas dos corpos, enfim uma visão rápida do encontrado, para estabelecer parâmetros e meios de socorros, bem como tipo de aparelhos e outros, que serão usados, formas rápidas de transporte, formas rápidas de isolar, porque socorrer e ato humanitário, mas sacrificar sua vida e ato desnecessário que só heróis podem ter e hoje, heróis são raros e tem família dependendo e aguardando sua volta.



Após estes cuidados, e em segundos, colocar a mão na massa.



Se for veículo ou veículos, os volantes amassados podem significar impacto no tórax. Vendo o pára-brisa, poderá indicar ou não o impacto da cabeça e provavelmente uma lesão da coluna cervical.



Olhando para baixo do painel, pode sugerir uma luxação de joelho, coxo-femoral ou até uma fratura de fêmur (HIP). Passando os olhos pela porta local dos passagens, pode levar uma suspeita de lesão tóraco - abdômen - pélvica, bem como no pescoço do acidentado.



As lesões mais comuns quando se socorre uma vítima, são aquelas identificadas pelos exames físicos e a segunda são aquelas que podem passar sem suspeita e ainda não aparentes, podem mais tarde apresentar problemas insolúveis. Outros fatores presentes em acidentes é a penetração cutânea aparente ou a não penetração cutânea, que não deixam marcas visíveis aparente e sim traumatismo confusos.



Isto geralmente acontecem nas partes mole do corpo humano.



As lesões traumatismos podem ser lesões penetrantes ou por explosão.



O trauma fechado ou contuso e o resultado do impacto do corpo contra uma superfície (acidente automobilístico).



Assim temos 03 tipos de força:



a) De contração – que produz lesão do órgão pelo impacto contra superfície dura (ósseos);
b) De trangencial – que produz a tração do órgão além dos seus limites de mobilidade;
c) De composição súbita: Quando atinge vísceras ocas, causando a chamada explosão das mesmas.



São lesões por compressão.



Quando a parte anterior do tronco (tórax e abdômen) descola para frente exemplo contensão do miocárdio.



São lesões análogas quando ocorre como os pulmões ou vísceras.



Lesões para desaceleração.



Quando a parte móvel do corpo, baço, rins coração, desloca para frente.



No tórax, os impactos atingem inicialmente o externo. Quando acontece, cerca de 80% do paciente morrem em minutos, outros atingem 24 horas e o restante vivem por 03 dias ou mais.



No abdômen, quando os ruins, baço, intestinos e fígado, sofrem lacerações na região de ligamentos, podem levar a perda do trabalho ventilatório do diagrama. A ruptura deste, da a passagem das vísceras abdominais para a cavidade torácica, prejudicando a expansão dos pulmões. Isquemia de órgãos pela compressão ou estiramentos dos vasos devendo ao deslocamento destes.



As principais causas de ferimento confusos são:



a) Colisão automobilística na qual a vítima encontrava dentro do veículo;
b) Colisão de motociclista (motos, veículos e bicicletas);
c) Quedas diversas;
d) Atropelamento de pedestre.



Assim a avaliação rápida e segura, poderá evitar perdas de vidas.



Socorros errôneos e falta de aparelhos para exercê-los também prejudicará a vítima.



FRATURAS
  


 Fratura é quando um osso sofre uma quebra ou uma fissura (rachadura).


Os primeiros socorros para casos em se suspeite de fratura devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado.



As fraturas estão relacionadas a traumatismos, como quedas, contusões e pancadas. Deve se suspeitar de uma fratura quando após um trauma surgirem os seguintes sinais e sintomas:


• Dor no local;
• Inchaço;
• Incapacidade de movimentação;
• Adormecimento ou formigamento;
• Mudança na coloração local da pele (vermelhidão ou arroxeamento);
• Forma ou posição anormal de um osso ou articulação.



O que fazer no caso de fraturas :



• Gentilmente apalpe o local suspeito, sempre observando se há reação de dor;
• Mantenha a vítima sentada ou deitada;
• Cubra o ferimentos com gaze ou pano limpo;
• Mantenha o membro imobilizado e apoiado. Pode se usar tipóias, talas ou ataduras, mas não é necessário realizar nenhum tipo de imobilização elaborada, nem mesmo comprimir o local.



Nunca tente colocar o osso de volta ao lugar, ou alinhar o membro ferido



HEMORRAGIAS



Atenção! Nenhuma medida tomada deve atrasar a busca de atendimento médico. Em todo caso de hemorragia, procure o pronto-socorro mais próximo ou ligue para o serviço de emergência (SAMU 192 ou Bombeiros 193).



Hemorragia é a perda súbita de sangue, originária do rompimento de um ou mais vasos sanguíneos.



Os primeiros socorros para casos de hemorragia devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado:



Nos casos de sangramento de braços e pernas



Tentar estancar a hemorragia, utilizando:



1. Compressão direta: É feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano limpo ou curativo. Mantenha até que ocorra a coagulação. A interrupção precoce dessa manobra pode remover o coágulo semi-formado reiniciando o sangramento.



2. Elevação do membro: Consiste em elevar o membro afetado acima do nível do tórax, normalmente usado em combinação com a compressão direta para controlar a hemorragia de uma extremidade.



3. Compressão arterial: É feita usando uma pressão da mão do socorrista para comprimir uma artéria acima do ferimento. Este procedimento é executado freqüentemente na artéria braquial e femoral.



4. Torniquete: Aplicar torniquete somente quando existir sangramento abundante e que não tenha respondido às técnicas anteriores e se o centros médicos estiverem a mais de 30 minutos de distância.



Nos casos de sangramento do nariz



1. Sentar a vítima com a cabeça para frente para evitar que a mesma engula sangue, evitando náuseas e vômitos.
2. Pressionar as narinas com o seu dedo indicador e o polegar em forma de pinça durante 10 minutos.
3. Orientar a vítima para respirar pela boca.
4. Após cessar o sangramento, orientar a vítima para não assoar o nariz, evitar esforços e também evitar exposição ao calor.
5. Caso o sangramento persista, repetir a ação por mais duas vezes.
6. Se nenhuma das manobras resolver, remova a vítima imediatamente para o hospital mais próximo.



Nos casos de sangramentos da boca



1. Utilizar técnica de compressão direta para sangramentos nos lábios.
2. Caso o sangramento seja nos dentes o socorrista deverá visualizar o local do sangramento, preparar uma gaze, um chumaço de algodão ou pano limpo para colocar no local exato do sangramento e pedir à vítima para morder durante 10 minutos.



Fontes: 1. Sociedade Beneficiente Israelita. Hospital Albert Eistein.


QUEIMADURAS


Atualmente, uma das maiores preocupações no âmbito da saúde no mundo, é a lesão que ocorre resultado da queimadura ou lesão térmica da pele. As lesões por queimaduras são um dos principais problemas de saúde do mundo industrializado.


Recentes avanços médicos reduziram significativamente o número de mortes por lesões causadas por queimadura, e melhoram o prognóstico e a capacidade funcional dos pacientes que sobrevivem as lesões por queimadura. A taxa de sobrevivência prospera anualmente, graças à melhoria das técnicas clínicas, cirúrgicas e reabilitativas, e à contínua pesquisas sobre o tratamento e cuidados do paciente por lesões de queimaduras.


Procura-se descrever a natureza das contraturas em seguida à lesão por queimadura, e o tratamento e reabilitação destas perturbações, identificando o papel do fisioterapeuta a equipe de tratamento do paciente por queimaduras.


Embora o prognóstico e expectativa de vida dos indivíduos com lesões por queimaduras permanece basicamente a mesma. Há uma incidência grande em crianças com 1 a 5 anos de idade, devido primariamente às queimaduras por líquidos quentes. A causa primária das lesões por queimaduras em adolescentes e adultos se deve a acidentes com líquidos inflamáveis, e homens entre as idades de 17 a 30 anos apresentam a mais elevada incidência de lesões. Incêndios ocorrentes em casas são responsáveis por menos de 5% das admissões hospitalares para lesões por queimaduras, mas respondem por perto de 45% das mortes. A maioria destas se deve a fumaças e a outras lesões por inalações.


A consideração fisiopatológica básica na lesão por queimadura é a destruição da integridade capilar e vascular, o que resulta na formação do edema, com a concomitante perda do fluído intravascular, rico em proteína, para os espaços intercelulares. A destruição da integridade vascular e a formação de edema na área da queimadura, bem como nos tecidos adjacentes. Uma das maiores preocupações do fisioterapêuta é a imobilização ocorrente da parte lecionada (por parte do paciente) para impedir o movimento por causa da dor. Isto resulta numa acumulação ainda maior do edema na região, bem como na rigidez da articulação e na mobilidade dos tendões e músculos existentes na região queimada.


As lesões por queimadura são classificadas tanto pela profundidade quanto pelo grau de espessura do tecido destruído.


Na queimadura de primeiro grau, o traumatismo e a lesão celulares ocorrem apenas na parte externa da epiderme. Devido à natureza avascular da epiderme externa, não ocorrerá sangramento. Haverá uma reação eritematosa devido à irritação da derma subjacente, mas não há lesão ao tecido dérmico.


As queimaduras de segundo grau superficial, a lesão ocorre através da epiderme e até as camadas superiores da derme. A camada epidérmica é completamente destruída, mas a camada dérmica sofre apenas lesão leve a moderada.


Na queimadura de segundo grau profunda envolve a destruição da epiderme e uma grave lesão também da camada dérmica. A maioria das terminações nervosas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas serão lesionadas, com a destruição da maioria da derme. A queimadura tem um aspecto vermelho, cor de bronze ou branco, dependendo da profundidade da lesão. Quanto mais profunda a lesão, mais branca.


No caso da queimadura de terceiro grau, todas as camadas epidérmicas e dérmicas estão completamente destruídas. Todo o epitélio de revestimento no local será destruído e descartado. Devido à profundidade da queimadura, não haverá região para a regeneração de tecida dérmico e epidérmico na área da queimadura de espessura integral.


Uma queimadura elétrica (quarto grau) envolve a completa destruição de todos os tecidos, desde a epiderme até o tecido ósseo subjacente. Este tipo de queimadura ocorre normalmente em resultado do contato com a eletricidade. Haverá uma ferida de entrada que estará carbonizada e deprimida. Onde a eletricidade deixou o corpo, haverá também uma ferida de saída, que normalmente exibe bordas explosivas. Se a ocorrente foi forte o suficiente , também poderão ocorrer fraturas do osso subjacente.


Existem duas preocupações principais na determinação na seriedade e quantidade de área queimada. A primeira é o percentual da área da superfície corporal total que foi queimada. Ademais, a profundidade das áreas queimadas precisa ser avaliada.


Dependendo da extensão da lesão por queimadura e de seu tipo, haverá lesões secundárias. Ademais, a saúde, idade e estado psicológico do paciente queimado terão impacto sobre os problemas e complicações secundárias decorrentes do traumatismo pela queimadura. A probabilidade de ocorrer alguma forma de complicação pulmonar após uma significativa lesão por queimadura é extremamente alta.


As lesões térmicas provocam uma significativa agressão metabólica do corpo. As conseqüências das atividades metabólicas e catabólicas aumentadas em seguida a uma queimadura são: uma rápida queda do peso corporal, equilíbrio negativo do nitrogênio, perda de componentes intracelulares, e uma decréscimo nas reservas de energia, tão vitais para o processo de cicatrização.



A cicatrização das duas camadas da pele ocorre por mecanismos distintos.



 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Queimaduras


A reabilitação do paciente queimado começa no momento em que o paciente chega ao hospital, sendo um processo sempre mutável, que é modificado diariamente. Com um trabalho duro e dedicação ao programa , o paciente queimado pode, certamente, retornar a uma vida produtiva. Para a maioria dos pacientes, a fase mais difícil de reabilitação ocorre após o processo de cicatrização das feridas.


Após a avaliação inicial o fisioterapeuta dará início à avaliação da capacidade do paciente movimentar-se, e medirá a amplitude de movimentos disponível no paciente.


Durante cada uma das sessões de hidroterapia, é apropriado e necessário usar a flutuabilidade da água para ajudar na manutenção da amplitude de movimentos em cada membro e articulação. A água serve para manter a pele úmida que está em processo de cicatrização.


Enquanto o fisioterapeuta trabalha com o paciente, ele precisa monitorar continuamente os sinais clínicos do paciente, para que sejam avaliadas as respostas cardiovasculares e respiratórias ao tratamento.


As metas para o tratamento reabilitativo fisioterápico são contingentes com prognóstico e potencial do paciente. O fisioterapeuta tem como metas: obter uma limpa ferida por queimadura, para o desenvolvimento da cicatrização e aplicação de enxerto; manter a amplitude de movimento; impedir complicações pulmonares; promover total dependência na deambulação e a independência das atividades do dia a dia; melhorar a resistência cardiovascular.


O paciente de queimadura precisará de toda uma vida de exercícios para impedir contrataras e perca de movimentos.


O paciente queimado perde grande quantidade de massa corporal. O exercício pode lançar mão de dispositivos de treinamento de exercícios e do incremento da força, mas ele pode depender de modificações, com base no estágio do paciente e no estágio de cicatrização das feridas.
O paciente deve ser encorajado a iniciar exercícios ativos que enfatizarão o sistema cardiovascular, como andar desde a unidade de queimadura até a unidade de fisioterapia, andar de bicicleta ergométrica, entre outros. Estes exercícios não só atuarão no sistema cardiovascular como irão aumentar a amplitude de movimento das extremidades.



 CHOQUE ELÉTRICO



Os primeiros socorros para choques elétricos devem ser tomados para cessar a descarga elétrica e até que seja possível o atendimento especializado.



1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:



a. Cortando a tensão se o interruptor, tomada ou quadro de força estiver suficientemente acessível.
b. Afastando os fios da vítima ou esta daqueles.
c. O socorrista deve isolar-se, usando luvas, calçados com solado de borracha ou objetos não condutores, como a madeira.



2. Se a vítima estiver inconsciente, retirar a dentadura ou óculos eventualmente existentes e folgar as roupas.



3. Se a vítima não estiver respirando, iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial (boca a boca).



4. Se a vítima não tem pulso, além de respiração boca a boca, realizar massagem cardíaca externa (2 socorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).


5. Se a vítima apresentar queimaduras:
a. Não aplicar qualquer substância.
b. Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, antes que a área afetada comece a inchar.
c. Se algum tecido tiver aderido à queimadura, não force a sua retirada.
d. Proteja a área com um pano limpo.