Após estes cuidados, e em segundos, colocar a mão na massa.
Se for veículo ou veículos, os volantes amassados podem significar impacto no tórax. Vendo o pára-brisa, poderá indicar ou não o impacto da cabeça e provavelmente uma lesão da coluna cervical.
Olhando para baixo do painel, pode sugerir uma luxação de joelho, coxo-femoral ou até uma fratura de fêmur (HIP). Passando os olhos pela porta local dos passagens, pode levar uma suspeita de lesão tóraco - abdômen - pélvica, bem como no pescoço do acidentado.
As lesões mais comuns quando se socorre uma vítima, são aquelas identificadas pelos exames físicos e a segunda são aquelas que podem passar sem suspeita e ainda não aparentes, podem mais tarde apresentar problemas insolúveis. Outros fatores presentes em acidentes é a penetração cutânea aparente ou a não penetração cutânea, que não deixam marcas visíveis aparente e sim traumatismo confusos.
Isto geralmente acontecem nas partes mole do corpo humano.
As lesões traumatismos podem ser lesões penetrantes ou por explosão.
O trauma fechado ou contuso e o resultado do impacto do corpo contra uma superfície (acidente automobilístico).
Assim temos 03 tipos de força:
a) De contração – que produz lesão do órgão pelo impacto contra superfície dura (ósseos);
b) De trangencial – que produz a tração do órgão além dos seus limites de mobilidade;
c) De composição súbita: Quando atinge vísceras ocas, causando a chamada explosão das mesmas.
São lesões por compressão.
Quando a parte anterior do tronco (tórax e abdômen) descola para frente exemplo contensão do miocárdio.
São lesões análogas quando ocorre como os pulmões ou vísceras.
Lesões para desaceleração.
Quando a parte móvel do corpo, baço, rins coração, desloca para frente.
No tórax, os impactos atingem inicialmente o externo. Quando acontece, cerca de 80% do paciente morrem em minutos, outros atingem 24 horas e o restante vivem por 03 dias ou mais.
No abdômen, quando os ruins, baço, intestinos e fígado, sofrem lacerações na região de ligamentos, podem levar a perda do trabalho ventilatório do diagrama. A ruptura deste, da a passagem das vísceras abdominais para a cavidade torácica, prejudicando a expansão dos pulmões. Isquemia de órgãos pela compressão ou estiramentos dos vasos devendo ao deslocamento destes.
As principais causas de ferimento confusos são:
a) Colisão automobilística na qual a vítima encontrava dentro do veículo;
b) Colisão de motociclista (motos, veículos e bicicletas);
c) Quedas diversas;
d) Atropelamento de pedestre.
Assim a avaliação rápida e segura, poderá evitar perdas de vidas.
Socorros errôneos e falta de aparelhos para exercê-los também prejudicará a vítima.
FRATURAS
Fratura é quando um osso sofre uma quebra ou uma fissura (rachadura).
Os primeiros socorros para casos em se suspeite de fratura devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado.
As fraturas estão relacionadas a traumatismos, como quedas, contusões e pancadas. Deve se suspeitar de uma fratura quando após um trauma surgirem os seguintes sinais e sintomas:
• Dor no local;
• Inchaço;• Incapacidade de movimentação;
• Adormecimento ou formigamento;
• Mudança na coloração local da pele (vermelhidão ou arroxeamento);
• Forma ou posição anormal de um osso ou articulação.
O que fazer no caso de fraturas :
• Gentilmente apalpe o local suspeito, sempre observando se há reação de dor;
• Mantenha a vítima sentada ou deitada;
• Cubra o ferimentos com gaze ou pano limpo;
• Mantenha o membro imobilizado e apoiado. Pode se usar tipóias, talas ou ataduras, mas não é necessário realizar nenhum tipo de imobilização elaborada, nem mesmo comprimir o local.
Nunca tente colocar o osso de volta ao lugar, ou alinhar o membro ferido
HEMORRAGIAS
Atenção! Nenhuma medida tomada deve atrasar a busca de atendimento médico. Em todo caso de hemorragia, procure o pronto-socorro mais próximo ou ligue para o serviço de emergência (SAMU 192 ou Bombeiros 193).
Hemorragia é a perda súbita de sangue, originária do rompimento de um ou mais vasos sanguíneos.
Os primeiros socorros para casos de hemorragia devem ser tomados até que seja possível o atendimento especializado:
Nos casos de sangramento de braços e pernas
Tentar estancar a hemorragia, utilizando:
1. Compressão direta: É feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano limpo ou curativo. Mantenha até que ocorra a coagulação. A interrupção precoce dessa manobra pode remover o coágulo semi-formado reiniciando o sangramento.
2. Elevação do membro: Consiste em elevar o membro afetado acima do nível do tórax, normalmente usado em combinação com a compressão direta para controlar a hemorragia de uma extremidade.
3. Compressão arterial: É feita usando uma pressão da mão do socorrista para comprimir uma artéria acima do ferimento. Este procedimento é executado freqüentemente na artéria braquial e femoral.
4. Torniquete: Aplicar torniquete somente quando existir sangramento abundante e que não tenha respondido às técnicas anteriores e se o centros médicos estiverem a mais de 30 minutos de distância.
Nos casos de sangramento do nariz
1. Sentar a vítima com a cabeça para frente para evitar que a mesma engula sangue, evitando náuseas e vômitos.
2. Pressionar as narinas com o seu dedo indicador e o polegar em forma de pinça durante 10 minutos.
3. Orientar a vítima para respirar pela boca.
4. Após cessar o sangramento, orientar a vítima para não assoar o nariz, evitar esforços e também evitar exposição ao calor.
5. Caso o sangramento persista, repetir a ação por mais duas vezes.
6. Se nenhuma das manobras resolver, remova a vítima imediatamente para o hospital mais próximo.
Nos casos de sangramentos da boca
1. Utilizar técnica de compressão direta para sangramentos nos lábios.
2. Caso o sangramento seja nos dentes o socorrista deverá visualizar o local do sangramento, preparar uma gaze, um chumaço de algodão ou pano limpo para colocar no local exato do sangramento e pedir à vítima para morder durante 10 minutos.
Fontes: 1. Sociedade Beneficiente Israelita. Hospital Albert Eistein.
QUEIMADURAS
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Queimaduras
Atualmente, uma das maiores preocupações no âmbito da saúde no mundo, é a lesão que ocorre resultado da queimadura ou lesão térmica da pele. As lesões por queimaduras são um dos principais problemas de saúde do mundo industrializado.
Recentes avanços médicos reduziram significativamente o número de mortes por lesões causadas por queimadura, e melhoram o prognóstico e a capacidade funcional dos pacientes que sobrevivem as lesões por queimadura. A taxa de sobrevivência prospera anualmente, graças à melhoria das técnicas clínicas, cirúrgicas e reabilitativas, e à contínua pesquisas sobre o tratamento e cuidados do paciente por lesões de queimaduras.
Procura-se descrever a natureza das contraturas em seguida à lesão por queimadura, e o tratamento e reabilitação destas perturbações, identificando o papel do fisioterapeuta a equipe de tratamento do paciente por queimaduras.
Embora o prognóstico e expectativa de vida dos indivíduos com lesões por queimaduras permanece basicamente a mesma. Há uma incidência grande em crianças com 1 a 5 anos de idade, devido primariamente às queimaduras por líquidos quentes. A causa primária das lesões por queimaduras em adolescentes e adultos se deve a acidentes com líquidos inflamáveis, e homens entre as idades de 17 a 30 anos apresentam a mais elevada incidência de lesões. Incêndios ocorrentes em casas são responsáveis por menos de 5% das admissões hospitalares para lesões por queimaduras, mas respondem por perto de 45% das mortes. A maioria destas se deve a fumaças e a outras lesões por inalações.
A consideração fisiopatológica básica na lesão por queimadura é a destruição da integridade capilar e vascular, o que resulta na formação do edema, com a concomitante perda do fluído intravascular, rico em proteína, para os espaços intercelulares. A destruição da integridade vascular e a formação de edema na área da queimadura, bem como nos tecidos adjacentes. Uma das maiores preocupações do fisioterapêuta é a imobilização ocorrente da parte lecionada (por parte do paciente) para impedir o movimento por causa da dor. Isto resulta numa acumulação ainda maior do edema na região, bem como na rigidez da articulação e na mobilidade dos tendões e músculos existentes na região queimada.
As lesões por queimadura são classificadas tanto pela profundidade quanto pelo grau de espessura do tecido destruído.
Na queimadura de primeiro grau, o traumatismo e a lesão celulares ocorrem apenas na parte externa da epiderme. Devido à natureza avascular da epiderme externa, não ocorrerá sangramento. Haverá uma reação eritematosa devido à irritação da derma subjacente, mas não há lesão ao tecido dérmico.
As queimaduras de segundo grau superficial, a lesão ocorre através da epiderme e até as camadas superiores da derme. A camada epidérmica é completamente destruída, mas a camada dérmica sofre apenas lesão leve a moderada.
Na queimadura de segundo grau profunda envolve a destruição da epiderme e uma grave lesão também da camada dérmica. A maioria das terminações nervosas, folículos pilosos e glândulas sudoríparas serão lesionadas, com a destruição da maioria da derme. A queimadura tem um aspecto vermelho, cor de bronze ou branco, dependendo da profundidade da lesão. Quanto mais profunda a lesão, mais branca.
No caso da queimadura de terceiro grau, todas as camadas epidérmicas e dérmicas estão completamente destruídas. Todo o epitélio de revestimento no local será destruído e descartado. Devido à profundidade da queimadura, não haverá região para a regeneração de tecida dérmico e epidérmico na área da queimadura de espessura integral.
Uma queimadura elétrica (quarto grau) envolve a completa destruição de todos os tecidos, desde a epiderme até o tecido ósseo subjacente. Este tipo de queimadura ocorre normalmente em resultado do contato com a eletricidade. Haverá uma ferida de entrada que estará carbonizada e deprimida. Onde a eletricidade deixou o corpo, haverá também uma ferida de saída, que normalmente exibe bordas explosivas. Se a ocorrente foi forte o suficiente , também poderão ocorrer fraturas do osso subjacente.
Existem duas preocupações principais na determinação na seriedade e quantidade de área queimada. A primeira é o percentual da área da superfície corporal total que foi queimada. Ademais, a profundidade das áreas queimadas precisa ser avaliada.
Dependendo da extensão da lesão por queimadura e de seu tipo, haverá lesões secundárias. Ademais, a saúde, idade e estado psicológico do paciente queimado terão impacto sobre os problemas e complicações secundárias decorrentes do traumatismo pela queimadura. A probabilidade de ocorrer alguma forma de complicação pulmonar após uma significativa lesão por queimadura é extremamente alta.
As lesões térmicas provocam uma significativa agressão metabólica do corpo. As conseqüências das atividades metabólicas e catabólicas aumentadas em seguida a uma queimadura são: uma rápida queda do peso corporal, equilíbrio negativo do nitrogênio, perda de componentes intracelulares, e uma decréscimo nas reservas de energia, tão vitais para o processo de cicatrização.
A cicatrização das duas camadas da pele ocorre por mecanismos distintos.
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO
Queimaduras
A reabilitação do paciente queimado começa no momento em que o paciente chega ao hospital, sendo um processo sempre mutável, que é modificado diariamente. Com um trabalho duro e dedicação ao programa , o paciente queimado pode, certamente, retornar a uma vida produtiva. Para a maioria dos pacientes, a fase mais difícil de reabilitação ocorre após o processo de cicatrização das feridas.
Após a avaliação inicial o fisioterapeuta dará início à avaliação da capacidade do paciente movimentar-se, e medirá a amplitude de movimentos disponível no paciente.
Durante cada uma das sessões de hidroterapia, é apropriado e necessário usar a flutuabilidade da água para ajudar na manutenção da amplitude de movimentos em cada membro e articulação. A água serve para manter a pele úmida que está em processo de cicatrização.
Enquanto o fisioterapeuta trabalha com o paciente, ele precisa monitorar continuamente os sinais clínicos do paciente, para que sejam avaliadas as respostas cardiovasculares e respiratórias ao tratamento.
As metas para o tratamento reabilitativo fisioterápico são contingentes com prognóstico e potencial do paciente. O fisioterapeuta tem como metas: obter uma limpa ferida por queimadura, para o desenvolvimento da cicatrização e aplicação de enxerto; manter a amplitude de movimento; impedir complicações pulmonares; promover total dependência na deambulação e a independência das atividades do dia a dia; melhorar a resistência cardiovascular.
O paciente de queimadura precisará de toda uma vida de exercícios para impedir contrataras e perca de movimentos.
O paciente queimado perde grande quantidade de massa corporal. O exercício pode lançar mão de dispositivos de treinamento de exercícios e do incremento da força, mas ele pode depender de modificações, com base no estágio do paciente e no estágio de cicatrização das feridas.
O paciente deve ser encorajado a iniciar exercícios ativos que enfatizarão o sistema cardiovascular, como andar desde a unidade de queimadura até a unidade de fisioterapia, andar de bicicleta ergométrica, entre outros. Estes exercícios não só atuarão no sistema cardiovascular como irão aumentar a amplitude de movimento das extremidades.
CHOQUE ELÉTRICO
Os primeiros socorros para choques elétricos devem ser tomados para cessar a descarga elétrica e até que seja possível o atendimento especializado.
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:
a. Cortando a tensão se o interruptor, tomada ou quadro de força estiver suficientemente acessível.
b. Afastando os fios da vítima ou esta daqueles.
c. O socorrista deve isolar-se, usando luvas, calçados com solado de borracha ou objetos não condutores, como a madeira.
2. Se a vítima estiver inconsciente, retirar a dentadura ou óculos eventualmente existentes e folgar as roupas.
3. Se a vítima não estiver respirando, iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial (boca a boca).
4. Se a vítima não tem pulso, além de respiração boca a boca, realizar massagem cardíaca externa (2 socorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).
5. Se a vítima apresentar queimaduras:
a. Não aplicar qualquer substância.
b. Remova imediatamente: anéis, pulseiras, relógios, colares, cintos, sapatos e roupas, antes que a área afetada comece a inchar.
c. Se algum tecido tiver aderido à queimadura, não force a sua retirada.
d. Proteja a área com um pano limpo.