Com o verão,
férias escolares e a grande presença de turistas, a preocupação com a
segurança nas praias aumenta. Apesar de os locais considerados mais
perigosos nas praias da capital estarem devidamente sinalizados há quem
ainda descumpra as normas. De acordo com o tenente-coronel do Corpo de
Bombeiros, Erivaldo dos Santos Santana, a corporação faz um trabalho de
orientação nas praias, entretanto, percebe a resistência do cumprimento
dessa e por isso nos trechos que representam maior perigo é destinada
uma dupla de guarda vidas. “Fazemos principalmente um trabalho de
orientação nas praias, mas a gente sabe que existe uma grande
resistência por parte das pessoas então a gente não consegue atingir
100% dos frequentadores. Mas boa parte das pessoas que abordamos entende
os perigos e assume uma postura mais cuidadosa, entretanto, outra parte
a gente pode explicar inúmeras vezes e ainda assim eles retornam às
situações de risco. Por isso que além da placa de perigo nós deixamos
uma dupla ali perto para fazer o trabalho de visualização, mas não basta
só a placa é complicado”, assegura.
Questionado a respeito de quem
desrespeitaria mais as normas de segurança o Tenente-Coronel informa que
se trata da população local que por ter o sentimento de pertencimento
muito forte acaba se desvencilhando do que seria considerado uma postura
segura. “Certamente a população local desrespeita mais as sinalizações
que indicam perigo. Os turistas geralmente são mais compreensivos e até
procuram a gente para obter orientações a respeito de locais indicados
para banho e os locais que seriam mais seguros para fazer isso então
eles também não entram muito, ou seja, vão até a profundidade em que a
água bate na cintura, ficam um pouco e logo saem. Já a população local
acha que porque conhece a praia pode se arriscar mais e por isso são
mais ousados, vão para o fundo e estão mais sujeitos a acidentes”,
revela e acrescenta que os locais mais perigosos para o banho são o
trecho próximo à Coroa do Meio e as imediações dos arcos da Orla. “No
nosso litoral há lugares bastante perigosos. Na capital os mais críticos
são na frente dos arcos da Orla por causa da profundidade e da corrente
marítima que é bem mais forte durante alguns meses do ano e na Coroa do
Meio, que é considerado perigoso durante todo o ano”.
Segundo o
Tenente-Coronel, devido ao horário de fiscalização, que é das 08h às
17h, e do baixo efetivo que tanto a vistoria como a sinalização não
podem ser feitas como deveriam ser. “Na medida do possível a gente
consegue evitar acidentes, mas o problema é por causa do nosso horário
também que é das 08h às 17h. Depois desse horário a gente só deixa
sinalizado. Logo cedo ou à noite a gente não presta o serviço. A gente
também não tem efetivo para sinalizar toda a extensão. O ideal seria
sinalizar até o Mosqueiro, mas a gente procura sinalizar os locais mais
perigosos, onde tem mais incidência. A gente vai com a viatura e olha
para ver se não tem alteração, mas não temos como sinalizar toda a
extensão”, declara.