20 de set. de 2011

São Sebastião abre inscrições para curso de Guarda-Vidas temporário

Credito: Divulgação

O Corpo de Bombeiros – Salvamar Paulista está com inscrições abertas para o curso de GVT (Guarda-Vidas Temporários) em São Sebastião. A contratação será realizada em duas fases, num total de 30 guarda-vidas. Os interessados (ambos os sexos e maiores de 18 anos), precisam efetuar a inscrição na base da corporação localizada em Maresias, na Costa Sul do município. Para se inscrever, o candidato deve informar onde reside e apresentar um documento de identificação com foto, até o dia 24 de outubro. O curso deve ter no máximo 25 alunos e será ministrado para a primeira turma entre os dias 31 de outubro e 18 de novembro e a seleção, que consiste em avaliações teóricas e físicas (corrida e natação), ocorrerá no dia 21 de novembro.
Os 15 selecionados atuarão do dia 29 de novembro até 14 de março de 2012. Já as aulas para os candidatos da segunda avaliação, que acontecerá em 12 de dezembro, serão desenvolvidas entre os dias 21 de novembro e 10 de dezembro.

Os outros 15 aprovados serão contratados para trabalhar do dia 26 de dezembro até 13 de abril de 2012. O objetivo da contratação é estender a prevenção e o salvamento marítimo, uma vez que o município possui extensa faixa litorânea e praias com alto risco.

A distribuição dos primeiros selecionados será para reforçar o trabalho nas praias de Maresias e Cambury, ambas na Costa Sul, além de atuar em Juquehy e Guaecá, também na região sul, e Praia Grande (Balneário dos Trabalhadores), na região central do município.

Quando a segunda turma começar a trabalhar haverá uma intersecção dos grupos no período julgado como crítico, que é a partir do dia 26 de dezembro.

Os contratados pela Administração Municipal receberão salário e auxílios alimentação e transporte, além de todos os equipamentos necessários ao desenvolvimento da atividade.


Serviço: O Salvamar Paulista em Maresias fica na Avenida FranciscoLoup, 631. Outras informações pelo telefone (12) 3865-6700.

 - São 30 vagas disponíveis para candidatos ambos os sexos e maiores de 18 anos.

Prefeituras de Vila Velha e Serra têm vagas para guarda-vidas, no ES


A Secretaria de Defesa Social abrirá nesta segunda-feira (19) inscrições para contratação de 120 guarda-vidas e dois coordenadores que irão atuar nas praias de Vila Velha. O salário é de R$ 650,00 para guarda-vidas e R$ 1.050,00 para coordenador, com 40 horas semanais. Os interessados em participar do processo seletivo devem se inscrever até quarta-feira (21), das 9 às 17 horas, no ginásio poliesportivo João Goulart (Tartarugão).

O processo seletivo será realizado em quatro etapas. A primeira será a de inscrição e análise de títulos, de caráter eliminatório e classificatório. a segunda etapa consistirá na realização do teste de aptidão física (TAF). Em seguida, os candidatos participarão de um curso de guarda-vidas e, por último, de uma entrevista.

Para concorrer à vaga de coordenador, é necessário possuir carteira de habilitação (CNH) A e B e habilitação náutica expedida pela Capitania dos Portos. Esses documentos deverão ser entregues no momento da inscrição. O processo terá validade de um ano, podendo ser prorrogado uma vez, por mais um ano.

Os candidatos devem comparecer ao Tartarugão com os documentos originais e cópias de identidade, CPF, carteira de trabalho e previdência social, além de cópia do último comprovante de votação ou certidão expedida pelo cartório eleitoral, comprovante de escolaridade, certidão de antecedentes criminais e títulos de qualificação e experiência profissional.

Ao todo serão 122 contratações, sendo 120 vagas para atuar como guarda-vidas e duas para coordenadores. antes de efetuar a inscrição, o candidato deverá conhecer o edital e certificar-se de que preenche todos os requisitos exigidos.

Entre as atribuições do cargo de guarda-vidas estão vigilância e salvamento nas praias da cidade, observando os banhistas para prevenir afogamentos e salvar vidas. Os profissionais também irão realizar patrulhamento marítimo com embarcação, orientar os banhistas, prestar informações gerais e turísticas e de prevenção ao meio ambiente.
Na Serra

A Prefeitura da Serra vai abrir processo seletivo para contratação temporária de guarda vidas. O edital deve ser lançado nos próximos dias. Serão oferecidas 92 vagas. A remuneração soma R$ 962,58 (salário, insalubridade, mais auxílio alimentação).

As inscrições acontecerão ainda neste mês de setembro. Dentre as atividades, os guarda-vidas deverão realizar tarefas de vigilância e salvamento na orla marítima, patrulhamento marítimo com embarcação de propulsão a motor, além de orientar e prestar informações gerais e turísticas aos banhistas.

A exemplo dos anos anteriores, a seleção deverá contar com três etapas de caráter classificatório e eliminatório: análise das inscrições (requisitos); teste de aptidão física (ministrado pela Secretaria de Saúde no Departamento de Segurança Marítima) e curso de formação profissional em socorro aquático Guarda-Vidas.

Para o teste de aptidão física será exigido a apresentação de laudo cardiológico informando que o candidato está apto a realizar a prova de esforço físico.

O teste de aptidão física (TAF) será realizado em dois dias com provas de natação, corrida e barra fixa. Os aprovados farão curso de formação em socorro aquático com carga horário de 81 horas.

Tripulação controla incêndio em navio da Transpetro

A Petrobras Transporte (Transpetro) informou, em nota, que foi contido o incêndio no navio Diva, que estava a aproximadamente 46 km da costa de Maricá, no norte do Rio de Janeiro. O oficial de náutica Rosynaldo Marques dos Santos morreu no incêndio, que começou na noite de domingo e se estendeu até as 12h30min desta segunda-feira.

Outros 32 tripulantes estavam a bordo, mas não se feriram. As chamas foram combatidas pela tripulação com a ajuda de rebocadores. De acordo com a companhia, o fogo atingiu o setor de máquinas do navio, mas não causou danos à estrutura da embarcação, que será rebocada ainda nesta segunda-feira para o Rio de Janeiro.

O navio Diva fazia o transporte de óleo diesel para abastecimento a rebocadores da Bacia de Santos. As causas do acidente serão investigadas por uma comissão interna da companhia.

Fonte: Provedor Terra.

122 vagas para Coordenador e Guarda-Vidas na Prefeitura de Vila Velha - ES

Profissionais de nível Médio, já podem se inscrever para o processo seletivo da Prefeitura de Vila Velha, Espírito Santo, destinado à contratação e formação de cadastro reserva de 120 Guarda-Vidas e dois Coordenadores de Guarda-Vidas.

A contratação será temporária, com duração prevista de 12 meses. O salário será de R$ 1.050,00 por 40 horas semanais para Coordenador e de R$ 650,00 por jornada de 40 horas semanais para Guarda-Vidas.

Os interessados poderão preencher o formulário de inscrição entre os dias 19 e 21 de setembro, das 9h às ...continuar lendo

18 de set. de 2011

Nevoeiro prejudica resgate de vítimas em engavetamento na Imigrantes

Homem é resgatado em mata em SP após ficar dez dias sem comer


Um homem de 30 anos foi resgatado pelos bombeiros em uma mata fechada em Barueri (Grande SP), na noite desta sexta-feira, após ficar dez dias sem comer ou beber. Ele estava numa região de terreno acidentado utilizada para trilhas de moto e a pé, entre os bairros Imperial e Tamboré.

De acordo com a tenente dos bombeiros Catarina Sanches Prestes, que coordenou o resgate, o homem não estava perdido, mas sim fazendo uma espécie de retiro com jejum. Seu nome não foi divulgado.

Segundo a tenente, no décimo dia do retiro ele percebeu que estava muito fraco e contatou a irmã pedindo socorro. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 18h30 de hoje e deu início às buscas.

Para sinalizar sua posição no meio da mata, o homem começou a queimar os livros que levava na mochila. Após uma hora e meia de caminhada, a equipe de resgate conseguiu chegar até ele, por volta das 19h50.

O homem estava desidratado e não conseguia falar nem caminhar sozinho. Um helicóptero Águia da PM estava no local, mas não era possível pousar para fazer o resgate.

"Começou a baixar a cerração e percebemos que tínhamos que tira-lo logo de lá, se não íamos ficar perdidos também", conta a tenente.

A barraca do homem foi usada como maca e bombeiros e policiais o carregaram até o carro do resgate. "Como estava desidratado, ele estava bem leve. Mas num terreno acidentado, com mata fechada, 1 kg vira 20 kg, 30 kg", conta Prestes.

Após o resgate, o homem foi levado ao Hospital Regional de Osasco. Participaram da ação três bombeiros e quatro policiais. Uma equipe da polícia ambiental de Santana de Parnaíba também ajudou.

12 de set. de 2011

Acidente deixa um morto e três feridos em SP

Uma pessoa morreu e três ficaram feridas em um acidente na rua Gustavo Adolfo, na zona norte de São Paulo, por volta das 12h30 desta segunda-feira. Um motorista teria perdido o controle do veículo e atingiu outro na altura do número 1.300.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, quatro viaturas e o helicóptero Águia da Polícia Militar participaram do resgate. Duas vítimas foram encaminhadas para o pronto socorro do Hospital São Paulo e uma para o Hospital das Clínicas. Não há informação sobre o estado de saúde dos feridos.

Autor (a) da matéria:: A internauta Mellmello, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra.

10 de set. de 2011

O Posto de Bombeiros de Itanhaém – Abre as inscrições para guarda-vidas temporário. 2011/2012

Créditos: Divulgação/PMI
Corpo de Bombeiros recebe inscrições para guarda-vidas temporário até 3 de outubro

O Posto de Bombeiros de Itanhaém – Salvamar Paulista está com inscrições abertas para 65 vagas de guarda-vidas temporários até o dia 3 de outubro.



As vagas são para atender a demanda da temporada de verão, onde a população de Itanhaém salta de 90 para 450 mil. Ao término de contrato, todos os guarda-vidas receberão um certificado de conclusão e aproveitamento.


Os interessados devem se inscrever na sede do grupamento, na Avenida Mário Covas Jr., 335, no Cibratel ll, das 8 às 18 horas. O salário médio oferecido é de R$ 1 mil e a primeira turma de aprovados começa a trabalhar no dia 1º de novembro.


O candidato deve levar RG, CPF e comprovante de residência no ato da inscrição. Para poder concorrer à vaga, é necessário ser maior de 18 anos, ter Ensino Fundamental completo e não possuir antecedentes criminais.


Logo após a inscrição, os candidatos participarão de uma seletiva física, com data ainda a ser definida, que inclui prova de natação (500 metros em até 12 minutos), corrida de três mil metros, 12 barras e 46 abdominais.


Depois da seletiva física, os aprovados vão passar por um curso preparatório, onde serão ministradas técnicas de natação, salvamento e resgate em mar, primeiros socorros, conhecimentos elementares sobre o mar, técnicas de relações públicas e noções de turismo.


Das 65 vagas, 45 são por meio da prefeitura, e 20 em uma parceria do Corpo de Bombeiros com a Petrobras. Mais informações pelo telefone (13) 3425-5226.

9 de set. de 2011

Incêndio no Jardim Botânico atingiu áreas da UnB e do IBGE

Grande parte dos 4,5 mil hectares de fazenda foram atingidos, 
diz UNB. Bombeiros afirmaram que ainda não
 é possível estimar prejuízos.


Equipes do Corpo de Bombeiros trabalham nesta sexta-feira (9) para conter o fogo que começou no Jardim Botânico na quarta e atingiu na quinta a Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília, e uma área de proteção ambiental do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a UnB, grande parte dos 4,5 mil hectares da fazenda foram consumidos. A instituição disse que o local abriga mais de 150 projetos de pesquisa e que muitas espécies vegetais usadas nos estudos foram destruídas.

O Corpo de Bombeiros informou que há outras ocorrências em Brazlândia, no Parque Nacional e próximo ao Presídio Feminino do Distrito Federal, mais conhecido como Colmeia. A corporação afirmou que ainda não é possível estimar os danos.

A fumaça dos incêndios levou o Aeroporto Internacional de Brasilia a funcionar por instrumentos nesta sexta. Segundo a Infraero, nenhum voo foi cancelado por falta de visibilidade. A partir das 10h20, os pousos e decolagens passaram a ser feitos visualmente.

A organização do 1º Campeonato Nacional de Balonismo da Independência resolveu cancelar as provas desta sexta em razão da falta de visibilidade.

Escolas públicas no Lago Sul cancelaram as atividades na manhã desta sexta-feira (9). Funcionários das unidades informaram que os diretores do Centro de Ensino Fundamental nº 6 e do Centro Educacional do Lago decidiram encerrar as atividades porque o ambiente escolar estava tomado pela fumaça.

"Os alunos estavam passando mal por causa da fumaça”, disse a professora do Centro de Ensino Fundamental nº 6, Selene Carvalho.

A vice-diretora de uma escola no Lago Sul que teve as aulas suspensas nesta manhã Kátia José Teixeira da Silva disse que foi preciso suspender as aulas devido à densidade da fumaça.

“Não tinha condições de as crianças respirarem. Algumas chegaram a passar mal. Tivermos de ligar para os pais para vir buscar [os filhos] imediatamente. Seguimos uma recomendação da Defesa Civil.”

Para a estudante Érika Renise, de 15 anos, “Brasília parecia cena de filme” na manhã desta sexta-feira. Na escola dela, os alunos foram liberados 15 minutos antes do horário normal por causa da fumaça. “A cidade estava estranha. Bebi mais água que o normal e não tive atividade física na escola.”

Nesta quinta-feira (8), a Escola Classe Jardim Botânico suspendeu as atividades por causa da fumaça. Segundo a Secretaria de Educação, a direção considerou as condições insalubres, porque a fumaça dos incêndios fica no ar por cerca de 24h.

Estado de alerta

No final da manhã, a Defesa Civil emitiu um “comunicado de risco”, em que diz que o DF está em “estado de alerta em função das condições meteorológicas e da queda de umidade relativa do ar”.

Na nota, a Defesa Civil “recomenda, veementemente, que as instituições públicas e privadas suspendam suas atividades quando forem percebidos sinais de agravo à saúde, tais como: tosse, dificuldade de respirar, mal estar, ou quando focos de incêndios estiverem afetando atividades laborais ou letivas”.

Seca

A alta temperatura e a seca influenciam no número de ocorrências. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) calcula que pelo menos 160 grandes focos do incêndio tenham atingido o DF de janeiro até o último dia 7. O número é menor do que o registrado pelo Corpo de Bombeiros porque o instituto só considera os focos com mais de 1 metro de largura e 30 metros de extensão.

De acordo com o Inpe, os focos diminuíram neste ano. Os 160 registrados em 2011 são 48% a menos do que os 309 registrados em 2010 no mesmo período. Um mapa sobre os riscos de incêndio na região, no entanto, mostram que quase todo o Distrito Federal tem risco crítico ou alto de incêndio.

Dados do Corpo de Bombeiros mostram que foram queimados 10.305 hectares no DF neste ano. De 16 de maio, quando aconteceu o primeiro incêndio, até a útima quarta-feira (7), foram registrados 2.458 incêndios. Esse número não inclui os focos, que são pequenos incêndios que podem se extinguir sozinhos ou sem a ajuda de profissionais.

O balanço deste ano, no entanto, deve apresentar uma diminuição de 10% a 15% em relação ao ano passado, quando aconteceram cerca de 3 mil incêndios. Para Oliveira, essa diminuição é reflexo do trabalho de prevenção dos bombeiros, que orientaram agricultores sobre como controlar fogueiras e a queima do pasto.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera ideal a umidade acima de 60%. Entre 30% e 20% é considerado estado de atençã. Abaixo de 20% até 12% é decretado o estado de alerta.


Bombeiros resgatam golfinho ferido na região dos Lagos


Mamífero era uma fêmea que tinha tido filhote recentemente.


Um grupo de guarda-vidas do Corpo de Bombeiros de Cabo Frio (18º GBM), na região dos Lagos do Rio de Janeiro, resgatou um golfinho que encalhou na prainha do Morro do Vigia, no Peró, na orla da cidade, na quinta-feira (8). O mamífero morreu com sinais de afogamento, segundo o biólogo Jaílson Fulgêncio de Moura, do Gemm Lagos (Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da região dos Lagos), da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O soldado bombeiro Eduardo Moreno, que participou do resgate, contou que o golfinho estava sendo monitorado pelos guarda-vidas, e que já tinha ido parar nas pedras antes de encalhar na praia.

- Ele estava nadando perto da arrebentação e acabou sendo jogado pelo vento e pela maré nas pedras. Nós o devolvemos para o mar, mas depois ele encalhou na prainha.

Soldado Moreno disse que ficou surpreso com o golfinho.

- Tem uma época do ano que resgatamos muitos pinguins aqui, mas golfinho é mais difícil. E esse era bem grande, tinha mais de 2 m.

O biólogo, que também acompanhou o resgate, fez a necropsia do mamífero e colheu material para analisar as condições da morte. Os exames vão ser realizados pelo laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

- Ele morreu de parada cardiorrespiratória, tinha muita espuma no orifício respiratório, pulmão e coração. Tudo indica afogamento, mas não tinha sinais de rede nem linha, que são as principais causas de afogamento dessa espécie.

Moura também constatou que o golfinho era uma fêmea adulta e tinha indícios de ter tido um filhote recentemente. Ela era da espécie Steno Bredanensis, conhecida como golfinho-de-dentes-rugosos.

"Pessoas presas nas torres tiveram que decidir como morrer", lembra bombeiro de NY

Dan Daly criticou intenção do governo americano de cortar ajuda a bombeiros


Passados dez anos do pior atentado terrorista nos Estados Unidos, o horror da destruição de um dos mais importantes símbolos da sociedade americana ainda parece chocar o capitão Dan Daly, do Corpo de Bombeiros de Nova York. Ele participou nesta sexta-feira (9) de um bate-papo via internet promovido pelo Consulado americano no Rio.

O terror estampado no rosto das pessoas e a espessa nuvem de fumaça que envolveu as torres gêmeas foram as primeiras entre as várias imagens que marcariam para sempre a vida de Daly, que atuou nos trabalhos de resgate às vítimas e hoje é oficial reformado. Uma das lembranças que mais lhe perturbam é a imagem das pessoas que se encontravam nos andares acima de onde as torres foram atingidas. Sem ter como descer, elas tiveram que escolher o modo como morreriam: ou se atiravam ou seriam queimadas.

- Uma das imagens mais emocionantes e terríveis foi a das pessoas que ficaram presas acima do ponto de impacto. Elas achavam que, se subissem para os andares mais altos, seriam salvas por helicópteros. Infelizmente isso não era possível pela grande quantidade de gases. Elas estavam prisioneiras. Muitos tiveram que escolher como morrer.

Padre morto após dar extrema unção

Daly estava entre as centenas de bombeiros que se depararam com uma impressionante pilha de destroços do tamanho de um prédio de 12 andares e com a cortina de fumaça cinzenta que ofuscou o sol forte que brilhava na manhã daquela terça-feira.

Além da dificuldade de resgatar corpos em um terreno totalmente instável, os bombeiros nova-iorquinos tiveram que superar a tristeza pelos colegas mortos. No total, 343 socorristas perderam a vida naquele dia.

Daly lembra o caso do padre John, capelão dos Bombeiros, que dava a extrema unção a um socorrista atingido por uma pessoa que se jogou das torres. Enquanto rezava pelo colega, ele também foi ferido na queda de um escombro e acabou morrendo horas depois.

Bombeiros enfrentam problemas de saúde

Muitos bombeiros que atuaram nos resgates do World Trade Center desenvolveram câncer ou problemas respiratórios por terem inalado fumaça contaminada por gases tóxicos. Hoje eles contam com atendimento psicológico gratuito. Daly criticou a postura do governo americano, que ameaça não pagar mais o tratamento para câncer com a justificativa de que não há provas de que a doença tenha sido causada pela fumaça.

- Uma das coisas que nos chatearam é que nos disseram que a atmosfera não era tóxica. Há alguns meses o governo disse que não financiaria o tratamento de câncer porque não havia prova de que estavam relacionados aos trabalhos de resgates. Espero que um relatório que traz o número de bombeiros doentes traga uma compreensão maior sobre o tema. A resposta não foi suficientemente boa, foi menor do que deveria ter sido.

Mas o rosto consternado do capitão Daly, ao relembrar a tragédia, se iluminou diversas vezes quando o oficial lembrava do apoio da população americana e de todo o mundo, e dos exemplos de superação em meio a um dos momentos mais dolorosos da história dos Estados Unidos.

Superação, aliás, é o lema de uma campanha promovida pelo Consulado dos Estados Unidos no Brasil, que criou um site em que internautas podem deixar seu depoimento sobre o 11 de Setembro.

Fumaça e cheiro da morte

Entre as lembranças mais marcantes para Daly está o “cheiro da morte” que exalava dos escombros e “parecia impregnar a pele por vários dias”. Um dia, enquanto tomava banho no quartel após um dia inteiro de trabalho, uma luminosidade que vinha de fora do quartel chamou a atenção do oficial. Eram 200 moradores das redondezas que caminharam com velas acesas até o prédio da corporação para prestar apoio, rezar e cantar de mãos dadas o hino não oficial americano, a canção “God Bless America”.

O oficial reformado lembra também do bombeiro que estava de folga em Nova York, se apresentou para trabalhar voluntariamente e nunca mais voltou. Antes de seguir para o resgate, ele chegou a pedir que avisassem a mulher e a filha que as amava. Recorda ainda o colega socorrista que passou 11 dias nos escombros até encontrar o corpo do irmão.

- Emocionalmente era terrível, mas o apoio da população fez uma grande diferença. Existe hoje entre os americanos um certo sentimento de frustração, cólera e vulnerabilidade. Mas a minha esperança é que essa reação não cause o fechamento da nossa sociedade, mas sim a sua abertura.

Alô para os bombeiros do Rio

Dan Daly serviu por 24 anos no Corpo de Bombeiros da Cidade de Nova York. Sua atuação no 11 de Setembro lhe rendeu a medalha da Liberdade, homenagem concedida pelo Senado de Nova York. Desde então, a pedido do Departamento de Estado e de outras organizações, o oficial reformado tem feito palestras em todo o mundo.

Daly, que já esteve no Brasil várias vezes, mandou um "alô" para os bombeiros do Rio ao comentar como o episódio mudou a estratégia da corporação diante de emergências do tipo.

- Alô bombeiros do Rio de Janeiro! Pertencemos a uma família muito grande.

A mais recente visita ao país foi em julho, quando Daly veio ao Rio para conversar com estudantes, policiais e moradores da Cidade de Deus e do Complexo do Alemão. Naquela ocasião, ele veio acompanhado de veteranos gravemente feridos nas guerras do Iraque e do Afeganistão, que vieram participar da maratona internacional do Rio de Janeiro.

Assista ao vídeo:


Escolas públicas recebem vítimas de incêndio no Subúrbio Ferroviário de Salvador

O corpo de Bombeiros estima que cerca de 120 residências tenham sido destruídas pelas chamas que atingiram a comunidade.


Três colégios públicos do Subúrbio Ferroviário de Salvador estão abertos para abrigar as vítimas do incêncio na comunidade de Escada, no bairro de Itacaranha, ocorrido na noite de ontem, de acordo com informações da prefeitura municipal.

O corpo de Bombeiros estima que cerca de 120 residências tenham sido destruídas pelas chamas que atingiram a localidade, que é ocupada por militantes do Movimento dos Sem Teto de Salvador conhecido como Quilombo de Escada, segundo informações da TV Bahia.

Bombeiros estimam que cerca de 120 residências tenham sido destruídas pelas chamas 

O prefeito João Henrique determinou nesta sexta-feira (9), a criação de uma força-tarefa para realizar ações emergenciais que beneficiem os moradores da comunidade de Escada, no subúrbio, que ficaram desabrigados após um incêndio de grandes proporções na noite de ontem. Os Bombeiros estimam que mais de 100 casas foram destruídas.

"Vamos fazer o possível para amparar esses cidadãos, dando-lhes o conforto necessário para amenizar suas dores e suas perdas", disse o prefeito em nota. Além de refeições, a prefeitura também fornecerá colchões, cestas básicas e abrigo emergencial para as vítimas do incêndio - na Escola Municipal Cristóvão Ferreira.

Já o governo estadual deve garantir alimentação às famílias, com distribuição de 800 refeições neste sábado (10) e domingo (11). Também estão sendo doadas 150 cestas básicas. Através da Coordenação de Defesa Civil (Cordec), a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) está à disposição para apoiar as ações da Prefeitura de Salvador que venham minimizar os problemas dos atingidos, inclusive disponibilizando lonas plásticas.

Na hora do incêndio, três grupamentos de bombeiros, incluindo o Salvar, foram enviados para o local. Quatro ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também atenderam à ocorrência.

A origem do incêndio provavelmente foi um curto-circuito, mas somente uma perícia determinará exatamente o que aconteceu. Participam da força-tarefa Secretaria do Trabalho e Assistência Social (SETAD), Codesal, Secretaria Municipal da Educação e Cultura (Secult), Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMs).

Defesa Civil

A Coordenadoria da Defesa Civil de Salvador (Codesal) também está acompanhando o caso. Engenheiros e assistentes sociais foram até o local do incêndio para prestar socorro às vítimas. Alimentos e abrigos estão sendo fornecidos.

A Codesal recebeu o comunicado sobre o incêndio pouco depois da meia-noite e enviou um engenheiro até o local, mas as chamas não permitiram que uma vistoria fosse realizada. Outra engenheira foi até o local esta manhã.

Bombeiros registram 100 focos de incêndio em um dia em MG

O tempo seco e a baixa umidade do ar contribuíram para a ocorrência de cem focos de queimada (incêndio em vegetação e lotes vagos) em apenas 24 horas, nesta quinta-feira (8), em municípios de Minas Gerais, de acordo com o Corpo de Bombeiros do Estado. Na região metropolitana de Belo Horizonte não chove há mais de 90 dias.


O último relatório do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta 2.056 focos de queimadas nas últimas 24h, sendo Mato Grosso o Estado com o maior número de focos: 612. São Paulo aparece em segundo lugar, com 300 focos de queimadas.

Segundo o Centro de Meteorologia da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), não há previsão de chuva para os próximos dias na capital e na região metropolitana. Queimadas são registradas em boa parte do Estado, o que contribui para que algumas localidades apresentem baixa umidade do ar, registrando clima análogo ao de desertos.

Nas cidades de Ituiutaba (Triângulo Mineiro) e Passos (sul), a umidade relativa do ar chegou a 10% nesta quinta-feira. A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza valores considerados como ideais acima dos 60%.

“A principal dificuldade dos combates a incêndios é o grande número de focos em locais bastante diversificados. O Estado tem uma grande extensão territorial, e alguns acessos são bastante complicados”, disse o capitão Frederico Pascoal, da assessoria de comunicação.

O militar não soube precisar, no entanto, se algum desses incêndios teria sido provocado por vândalos. “A gente tem se dedicado bastante ao trabalho de combate aos incêndios. (Por conta disso), o trabalho de perícia, nesse momento, está ficando prejudicado”, afirmou.

De acordo com a assessoria do centro meteorológico da Cemig, uma massa de ar quente que está atuando na região sudeste impede a chegada de frente fria e a formação de nuvens.

Conforme a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, hoje foi iniciado combate a incêndio que ameaça a Reserva Particular do Patrimônio Natural – Santuário do Caraça, localizado nas cidades de Catas Altas e Santa Bárbara (MG).

No local, segundo bióloga responsável pela área, vivem 77 espécies de mamíferos, entre eles o lobo-guará. De acordo com ela, os trabalhos na tentativa de debelar as chamas eram feitos pelos brigadistas da reserva, com a ajuda de voluntários e brigadistas de empresas particulares.

Dois focos de incêndios foram detectados no local, entre o final de agosto e início de setembro, que já consumiram aproximadamente 200 hectares, compreendendo parte da reserva e vegetação existente fora dela.

Segundo a corporação, um helicóptero dos bombeiros e duas equipes de Belo Horizonte, além de 30 brigadistas, estão no local. “A aeronave é utilizada para combater os focos de incêndio, ao transportar água, e também para deslocar as equipes de brigadistas e bombeiros aos locais de difícil acesso”, explicou.

Minha vida é o 11 de Setembro, diz ex-bombeiro que resgatou corpo de filho

O presidente de associação que reúne famílias de vítimas relembra trabalho no Marco Zero e fala sobre luta para que ataque não seja esquecido

A experiência de 38 anos como bombeiro e de combate na Guerra do Vietnã (1959-1975) não foi suficiente para preparar o americano Lee Ielpi para a missão mais difícil de sua vida. Exatos três meses após os ataques do 11 de Setembro, ele carregou para fora do Marco Zero o corpo de seu filho, Jonathan, 29 anos, bombeiro morto no colapso da Torre Sul do World Trade Center (WTC).

Os ataques terroristas que mudaram a história contemporânea também alteraram radicalmente a vida de Ielpi, que em 2001 aproveitava a aposentadoria para viajar, pescar e cuidar do jardim. “Tudo isso deixou de existir”, afirmou ao iG em seu escritório em Nova York. “Minha vida é o 11 de Setembro.”

Foto: Luísa Pécora Ampliar

Da janela do oitavo andar de um prédio na rua Cortland, em Manhattan, ele usa um pequeno binóculo para acompanhar, dia a dia, o progresso das obras no Marco Zero (onde ficavam as torres do WTC). Se alguns americanos se esforçam para esquecer a tragédia, Ielpi, 67 anos, optou por lembrar. Uma década após os ataques, ele se dedica em tempo integral às funções de presidente da Associação de Familiares do 11 de Setembro e de cofundador do Tribute WTC Visitor Center, museu que presta homenagem às vítimas.

Criado em 2004, o Tribute Center recebeu mais de 2 milhões de visitantes de 135 países e tem como objetivo educar o público sobre o impacto dos ataques e a importância do combate ao terrorismo. A base desse trabalho educacional são visitas monitoradas por 440 guias, todos integrantes da chamada “comunidade do 11 de Setembro”, que inclui sobreviventes, parentes dos mortos e integrantes das equipes de resgate.

São pessoas que, como Ielpi, ainda pensam e falam sobre os ataques com frequência. “Temos de nos preocupar com quem não consegue conversar sobre o 11 de Setembro”, disse o ex-bombeiro, que considera o trabalho no museu “terapêutico”. “Não podemos guardar tudo, não somos tão fortes assim.”

Foi uma palestra do próprio Ielpi para um grupo de crianças que deu início ao museu. Ainda hoje, quando discursa em eventos pelos EUA, ele fala com carinho do filho que seguiu seus passos e de todos os bombeiros, policiais, paramédicos e demais profissionais que perderam ou arriscaram suas vidas no dia dos ataques. “Jonathan morreu fazendo o que amava”, garantiu.

Saiba mais sobre o 11 de Setembro:


A admiração de Ielpi pelos bombeiros começou na infância. Aos 9 anos ele já observava, fascinado, a movimentação em um departamento de voluntários perto de sua casa em Great Neck, Long Island, no Estado de Nova York. “Deve ser divertido andar por aí nesse caminhão vermelho”, pensava.

Em 1963, aos 19 anos, Ielpi passou a integrar o corpo de voluntários de Great Neck e, em 1970, tornou-se bombeiro profissional pela cidade de Nova York. A paixão pelo trabalho era tamanha que contaminou seus dois filhos homens, Jonathan e Brandon, hoje com 34 anos (Ielpi também é pai da professora Annemarie, 42, e da dona de cada Melissa, 32).

Um acidente de trabalho o levou a uma prematura aposentadoria em 1996, aos 52 anos. Mas Ielpi permaneceu bem informado sobre o que acontecia no corpo de bombeiros graças a Jonathan, que telefonava para o pai de cinco a seis vezes ao dia, geralmente para relatar algum grande incêndio. “Ele ligava e dizia: ‘E aí, pai, o que está acontecendo?’ E eu respondia: ‘Olha, filho, na verdade não mudou muito desde que você ligou da última vez’”, contou Ielpi, sorrindo. “Mas mesmo assim ele ligava, sempre.”

Sem esconder a saudade dos telefonemas diários, ele recorda com carinho do último, na manhã de 11 de Setembro. “Foi uma daquelas ligações que ficam com você para sempre”, afirmou Ielpi, que usa no braço direito uma pulseira de prata com o nome do filho. “Foi a última vez que falei com Jon e vou guardar isso comigo.”

O telefonema foi rápido. Jonathan pediu que o pai ligasse a televisão, pois um avião havia batido na Torre Norte do WTC. Ielpi atendeu ao pedido, viu as imagens e só teve tempo de dizer uma breve mensagem ao filho, cujo pelotão fora acionado para ir ao local: “Tenha cuidado, Jon.”

‘O dia não vai ser bom’

Brandon, que tinha começado a carreira de bombeiro havia apenas quatro meses, também soube da notícia e foi até a casa do pai. Em frente à televisão ligada, os dois decidiram ir até Manhattan para ajudar no que pudessem. Enquanto se preparavam para sair, assistiram, impressionados, às imagens do segundo avião batendo na Torre Sul do WTC. Consternado, Ielpi teve a certeza de que algum tipo de ataque estava acontecendo.

Foto: Cortesia doTribute WTC Visitor Center

Jonathan Ielpi, filho de Lee, era bombeiro e morreu no colapso da Torre Sul do World Trade Center, aos 29 anos.

O caminho entre Great Neck e Nova York foi, segundo ele, “surreal”. Pelo rádio do carro, Ielpi ouvia gritos e relatos sobre o colapso das torres que não pareciam fazer sentido. Durante a carreira ele tinha visto muitos desabamentos parciais causados por incêndios, mas nunca o de um prédio inteiro – muito menos o de um edifício como o WTC.

Brandon dirigiu até onde pôde e depois se juntou aos integrantes de seu pelotão. Ielpi seguiu a pé ao lado de um amigo, e cerca de três quarteirões ao norte do local das torres avistou a primeira das dezenas de vítimas que veria naquele dia: um bombeiro. Os dois homens trocaram olhares, mas não disseram nada. Encontrar um corpo tão longe do local do ataque não poderia ser bom sinal.

Quando chegou mais perto, Ielpi testemunhou o que ouvira no rádio: a Torre Sul tinha desabado e a enorme quantidade de poeira e fumaça sugeria que o mesmo acontecera com a Torre Norte. Não houve tempo para entender o que tinha acontecido. Após conversar com autoridades que coordenavam o trabalho, ele rapidamente começou a fazer o que outros milhares faziam: procurar vãos ou buracos entre os escombros em que alguém pudesse estar preso esperando por resgate. “Éramos como um bando de formigas.”

Eu mantinha os dedos cruzados, mas logo entendi que o dia não seria bom para muita gente, especialmente para os bombeiros. Eu sabia que o dia não ia ser bom para o Jonathan

Não demorou muito para que Ielpi percebesse que sua missão tinha mudado de ajudar desconhecidos para encontrar o próprio filho. “Havia muita gente perguntando: ‘Você viu meu pai?’, ‘você viu meu filho?’, e a resposta era sempre não”, contou. “Eu ainda mantinha os dedos cruzados, mas logo entendi que o dia não seria bom para muita gente, especialmente para os bombeiros.”

“Eu sabia que o dia não ia ser bom para o Jonathan”, completou.

Busca

Ielpi decidiu não telefonar para a família, mas pediu que alguns amigos fossem confortar a mulher e as filhas, ainda que sem dizer nada. Enquanto buscava sobreviventes entre os escombros, ele evitava pensar no momento em que teria de voltar para casa.

Ao abrir a porta, por volta das 23h, encontrou um cenário que descreveu como “caótico”. “Todos choravam e me olhavam com incredulidade”, afirmou. “Eu só podia dizer que voltaria no dia seguinte e torcer para encontrar Jonathan ou qualquer outra pessoa viva.”

O ex-bombeiro cumpriu a promessa e voltou ao local na manhã seguinte e praticamente todos os dias durante nove meses. Ele nunca encontrou alguém vivo.

Durante as semanas que passou ajudando a retirar corpos dos destroços, ele se convenceu de que Jonathan seria enterrado algum dia. “Não admitia outra possibilidade. Simplesmente me concentrei no pensamento de que iríamos achá-lo”, contou.
As estatísticas não eram animadoras. Até hoje, apenas 1.629 das 2.753 vítimas dos ataques do 11 de Setembro foram identificadas. Nos meses que passou trabalhando como voluntário no Marco Zero, Ielpi esteve ao lado de outros sete pais que procuravam seus filhos. Entre os integrantes do grupo, apelidado de Band of Dads (o bando dos pais), ele se considera como o que teve mais sorte: foi o único a levar para casa o corpo praticamente inteiro de seu filho.

Ritual

Na noite de 11 de dezembro de 2001, por volta das 23h, o telefone tocou. Era o chefe da operação de busca noturna, pronunciando as palavras que Ielpi esperou por três meses: “Lee, nós temos o Jon.”

Enquanto Ielpi e Brandon dirigiam até Manhattan, no Marco Zero espalhava-se a notícia de que os restos mortais de um bombeiro seriam retirados do local. Com cuidado, integrantes das equipes de resgate colocaram o corpo de Jonathan em uma maca, cobriram-no com uma bandeira dos Estados Unidos e esperaram por seus familiares.

Ielpi e Brandon chegaram por volta da meia-noite, quando bombeiros, policiais e todos os demais presentes já faziam uma longa fila do topo da pilha de destroços onde o corpo estava até a rua mais próxima, acompanhando toda a extensão de uma das duas trilhas usadas para entrada e saída do Marco Zero.

Após o sinal de um bombeiro, Ielpi e Brandon levantaram o corpo e o carregaram pela trilha, passando por cada um dos profissionais que os saudavam em silêncio. Ao fim do caminho, um capelão disse algumas palavras e o corpo foi colocado na ambulância que seguiu para o instituto médico.

Durante o ritual, todas as máquinas permaneceram desligadas. Com exceção do capelão, ninguém disse uma única palavra. “Tudo parou”, recordou Ielpi. “O silêncio era tanto que você ouviria um alfinete cair.”

Eu trabalhei em um dos corpos de bombeiros mais movimentados do país, integrei uma força especial do Exército durante a Guerra do Vietnã, vi e fiz coisas que ninguém deveria ter de ver ou fazer. E nada disso me preparou para o 11 de Setembro

Mas nem sempre era assim. Se os resgatistas encontravam uma parte de corpo muito pequena, apenas a colocavam em um saco vermelho, registravam o local do resgate com auxílio de um GPS e o levavam até a ambulância de forma respeitosa, mas sem solenidade. Mais de 21,8 mil pedaços de ossos, cartilagem, órgãos e pele foram encontrados durante os trabalhos de busca. “Não havia como parar o trabalho todas as vezes”, justificou Ielpi, entregando a emoção na voz embargada.

Ao perceber que a repórter se esforçava para controlar as lágrimas, Ielpi sorriu e deixou cair as suas. “Faço isso todos os dias”, afirmou, com tranquilidade. “Agora imagine como era difícil para quem trabalhava aqui. Nenhum desses homens e mulheres tinha feito isso antes. Nada poderia prepará-los. Eu trabalhei em um dos corpos de bombeiros mais movimentados do país, integrei uma força especial do Exército durante a Guerra do Vietnã, vi e fiz coisas que ninguém deveria ter de ver ou fazer. E nada disso me preparou para o 11 de Setembro.”

“Como você explica essas milhares de partes de corpos para os homens e mulheres que trabalharam aqui todos os dias?”, indagou retoricamente. “Não dá.”

‘Eles o pegaram’

Antes de o trabalho de resgate de corpos ter sido encerrado, Ielpi já estava certo de que queria participar ativamente da associação de familiares das vítimas. Uma de suas principais batalhas é pôr um currículo específico sobre o 11 de Setembro nas escolas americanas, algo que ainda não foi adotado por nenhum Estado.

“Quero ter certeza de que todos entendem o que aconteceu aqui: as pessoas foram assassinadas”, afirmou, apontando para o Marco Zero. “Não podemos esquecer o que aconteceu e não podemos deixar que isso se repita.”

Durante as visitas guiadas, os profissionais do Tribute Center buscam transmitir mensagens de tolerância – e não ódio – ao público. Mas Ielpi não esconde a satisfação que sentiu ao ser informado pela mulher do assassinato de Osama bin Laden, em maio deste ano. O ex-bombeiro estava em um trem e, após desligar o telefone, começou a chorar. “Me senti extasiado, satisfeito, feliz”, admitiu.

Pela janela do trem, Ielpi olhou para o céu e disse, baixinho: “Eles o pegaram.” “Era como se estivesse falando com alguém”, explicou, sorrindo. “Talvez com meu filho.”

Ver vídeo: Aqui

8 de set. de 2011

SC: resgate consegue desencalhar filhote de baleia franca


O filhote foi desencalhado nesta quinta-feira


UM REBOCADOR COM DOIS MOTORES E JET SKYS FORAM USADOS PARA RETIRAR A BALEIA DA ÁREA DE ARREBENTAÇÃO. O ANIMAL SE DEBATEU BASTANTE E, QUANDO FINALMENTE CHEGOU A UMA ÁREA SEGURA, MOSTROU A CAUDA E AS NADADEIRAS PARA O PÚBLICO. MUITOS QUE ACOMPANHAVAM O RESGATE CHORARAM E SE ABRAÇARAM QUANDO A BALEIA FOI LIBERTADA. 

Foto: Fabricio Escandiuzzi/Especial para Terra

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Ambiental conseguiram desencalhar o filhote de baleia franca de quatro toneladas que estava na praia de Pântano do Sul, em Florianópolis, desde a manhã de quarta-feira. A segunda tentativa de resgate ocorreu por volta das 15 horas desta quinta-feira - para aproveitar a subida da maré - e foi acompanhada por cerca de mil pessoas.


De acordo com a veterinária da ONG R3 Animal, que assessora a Polícia Ambiental catarinense, a baleia apresentava pequenos ferimentos no corpo, que não representam risco à sua saúde. "Ela está bem e vai se recuperar. É uma emoção muito grande, uma vitória, conseguir devolver a baleia ao mar. Isso acontece, mas é muito difícil que um animal desses sobreviva a um encalhe", disse. "Tentamos ontem e não conseguimos, mas hoje o rebocador auxiliou e conseguimos", completou.

Com os jet skis os bombeiros catarinenses tentaram desamarrar a baleia e afastá-la da costa. O animal ainda será monitorado pelos próximos dias pelas equipes de biólogos do Instituto Baleia Franca para avaliar as condições de sua saúde.

Com mais de quatro toneladas e cerca de seis metros de comprimento, a baleia franca foi encontrada na praia do Pântano do Sul na manhã desta quarta-feira, feriado de Independência. O animal ficou preso em um banco de areia na área de arrebentação, a menos de 50 m da praia, e foi encontrado por um pescador. O filhote integrava um grupo de cinco baleias que tem sido observado no local deste a última segunda-feira.

FABRICIO ESCANDIUZZI
Direto de Florianópolis

Fotos de Baleias Franca: Aqui...

Ex-pugilista baiano tem 60% do corpo queimado em incêndio


O ex-pugilista Reginaldo de Andrade, conhecido como Holyfield, teve cerca de 60% de seu corpo queimado em um incêndio que atingiu sua casa, em Salvador, na manhã desta quinta-feira. O ex-lutador passa por cirurgia no HGE (Hospital Geral do Estado). As informações são dos jornais “A Tarde” e “Tribuna da Bahia”.

Segundo as publicações, Jorge Lopes, médico do HGE, disse que Holyfield "não corre risco de vida imediato, mas é um quadro potencialmente grave. Precisamos de pelo menos 30 dias de luta para estabilizá-lo". O paciente está sedado por conta das dores provocadas pelas queimaduras.
Irmã do ex-pugilista, Almerinda de Andrade falou que Holyfield se queimou ao socorrer dois sobrinhos. O mais novo, de 4 anos, teria colocado fogo no sofá de casa, um imóvel de três pavimentos onde mora toda a família. De acordo com ela, o fogo se alastrou para um colchão.

Holyfield estaria em outro andar da residência e teria subido para ajudar a pedido de seu outro sobrinho, de 12 anos. Ele conseguiu apagar as chamas e os sobrinhos saíram ilesos, de acordo com Almerinda. O ex-pugilista foi socorrido por um vizinho.

Carreira de sucesso

Nascido em 9 de abril de 1966, o baiano Reginaldo Andrade conquistou seis títulos brasileiros, quatro sul-americanos e dois mundiais na categoria supermédio, para pugilistas com até 76,2kg.

Holyfield realizou 47 lutas como profissional. Venceu 41, sendo 33 delas por nocaute, e perdeu cinco.

Resgate da baleia-franca deve ser retomada nesta quinta-feira pela manhã

A operação de resgate da baleia-franca que encalhou nessa quarta-feira (7), na Praia do Pântano do Sul, em Florianópolis (SC) ainda não teve êxito. O animal, que mede aproximadamente 9 metros e pesa cerca de 10 a 15 toneladas, é um juvenil e encalhou pela manhã no sul da ilha.


Equipes que trabalham no resgate encerraram os trabalhos dessa quarta-feira no fim da tarde

A operação desencadeada pelo protocolo de Encalhes da APA contou no dia de hoje com a coordenação da médica Veterinária, Cristiane Koslenikovas, da Associação R3 Animal, e do Analista Ambiental Paulo Flores do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA)/ICMBio com apoio dos Bombeiros, Policia Militar, a valiosa ajuda dos pescadores de Pântano do Sul, além da Capitania dos Portos de Florianópolis, DEPON - Delegacia Especial de Polícia Maritima, e integrantes da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca/ICMBio e Projeto Baleia Franca.

“As operações levadas a cabo hoje não foram bem sucedidas e novas tentativas serão realizadas amanhã” comenta Maria Elizabeth Carvalho da Rocha, chefe da APA da Baleia Franca/ICMBio. Segundo Reinaldo Garcia Duarte, Chefe da Delegacia Especial de Policia Maritima (DEPOM) o novo procedimento será realizado entre 12 e 15 horas, horário da maré alta, com embarcação cedida pela Capitania dos Portos e apoio das entidades já participantes da operação.

Segundo a Diretora de Pesquisa do PBF, Karina Groch, encalhes de baleias-francas vivas não são comuns, mas podem ocorrer por desorientação causada por alguma doença. “Os filhotes de baleia-franca nascem com cerca de 5-6 metros de comprimento, pesando de 4-5 toneladas, e permanecem junto com a mãe durante todo seu primeiro ano de vida. Indivíduos juvenis são baleias que já desmamaram e estão separados da mãe, podendo ter de 2 a 6 anos de idade” disse Karina. Em 2003 uma baleia franca juvenil de aproximadamente 8 metros encalhou viva no Canal da Barra de Laguna, e foi resgatada com sucesso pelo Projeto Baleia Franca. Contudo o resgate de animais grandes é uma operação difícil em função do peso e tamanho.

Incêndios atingem cidades mineiras nesta quarta-feira

  • Bombeiros combatem chamas na Região Metropolitana de BH.
  • Em Catas Altas, moradores ficaram sem água por causa do fogo.

Incêndios atingem várias cidades de Minas Gerais nesta quarta-feira (7). Militares combatem fogo em matas e reservas, parques urbanos e galpões. Em Catas Altas, na Região Central de Minas Gerais uma área de vegetação é atingida desde o domingo (4) e nesta quarta-feira (7) as chamas se aproximam da vegetação no Parque do Caraça. De acordo com a Polícia Militar (PM), o abastecimento de água em Catas Altas foi comprometido depois que as chamas atingiram canos de PVC.

Ainda segundo a PM, voluntários ajudam no combate ao fogo. O vice-prefeito de Catas altas, José Venâncio, disse que cerca de quatro mil pessoas ficaram sem água. De acordo com ele, nesta terça-feira, com a substituição de alguns canos e a distribuição por meio de três caminhões pipa, o abastecimento começou a se normalizar e a água chegar à casa dos moradores.


Uma área de preservação ambiental pegou fogo nesta quarta-feira (7) em Grão Mogol, na Região Norte de Minas Gerais. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio, que começou nesta terça-feira (6) .Ainda segundo os bombeiros, brigadistas e funcionários do Instituto Estadual de Florestas (IEF) ajudam no combate às chamas.


Região Metropolitana de BH

O fogo atingiu um depósito de plástico reciclável nesta quarta-feira em Sarzedo. De acordo com os bombeiros, o incêndio começou após um curto circuito no painel de energia do galpão. Por volta das 13h30, os militares informaram que as chamas já haviam sido contidas e uma equipe cuidava dos escaldos. Não houve vítimas.

Os bombeiros combateram ainda um incêndio em uma área externa de um galpão em Betim. Os militares disseram que não houve vítimas.


A Serra da Piedade, em Caeté, também foi atingida pelo fogo nesta quarta-feira. Segundo os bombeiros. Os focos foram controlados por volta das 14h30, às margens da MGT-435, rodovia que liga a BR-381 à cidade. No bairro Buritis, na região Oeste de BH, um incêndio atingiu o Parque Ecológico Aggeo Pio Sobrinho. De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas viaturas e 10 militares combateram às chamas no parque. Por volta das 14h30 desta quarta-feira, os bombeiros informaram que á área destruída foi de 30 hectares. Sete mil litros de água foram usados.


Ver vídeo.

7 de set. de 2011

Menino de 3 anos morre prensado por carro dirigido pela mãe em SP


Criança foi socorrida, mas morreu a caminho do hospital. 
Mulher manobrava carro na garagem de casa em Franca e não viu o filho.

Uma criança de 3 anos morreu ao ser atropelada pela própria mãe, que manobrava o carro na garagem, na tarde desta quarta-feira (7), no bairro Jardim Vera Cruz, em Franca, a 400 km de São Paulo. Segundo a Polícia Militar, a mulher não viu o filho e o prensou contra a parede enquanto estacionava.e acordo com o Corpo de Bombeiros, a criança sofreu vários ferimentos na cabeça. Ele chegou a ser socorrido inconsciente pelo resgate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho da Santa Casa.

Atenção com as crianças deve ser redobrada em praias e piscinas

Segundo o Grupamento de Bombeiros Marítimo, a maior parte das vítimas de afogamento é formada por crianças de até 14 anos


Reprodução/TV Globo
Foto: Reprodução / TV Globo
Com previsão de sol forte e temperaturas altas na Região Metropolitana, as praias do Litoral pernambucano devem ficar lotadas neste feriado de 7 de Setembro. A orientação do Corpo de Bombeiros é redobrar a atenção com as crianças, para evitar transtornos e acidentes. Segundo a corporação, no ano passado, neste mesmo feriado, os Bombeiros atenderam 74 crianças perdidas.

Em poucos segundos de distração, o dia que deveria ser de alegria pode se transformar numa tragédia. Foi o que aconteceu na última segunda-feira (05), na praia de Porto de Galinhas, Litoral Sul
.


A principal suspeita da polícia é de que tenha ocorrido um acidente.

O subcomandante do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), major André Ferraz (foto), afirma que a maior parte das vítimas de afogamento é formada por crianças de até 14 anos. “Cerca de 85%
desses afogamentos, com morte, acontecem por falta de supervisão dos pais ou responsável. É bom lembrar aos pais que a criança é o agente principal da festa, então o  lazer deve ser dela. A gente vem curtir a praia com nossos filhos”, diz.

Segundo o major, os guarda-vidas estão preparados para um eventual resgate, mas é importante lembrar aos banhistas que façam sua parte: “Tem gente que pensa que o agente é onipresente, onipotente, está em todos os locais, pode ver tudo, mas ele é um ser humano como outro qualquer. Tem uma visão limitada. Está patrulhando na área, mas não tem condições de ver cada criança, de cada família”.

Ele lembra que a areia e a parte rasa do mar não são totalmente seguros, por isso, a orientação é ficar atento às brincadeiras das crianças. “Podemos ter não só afogamento, mas também um trauma de pescoço e cabeça. A gente já registrou casos de crianças que mergulharam na parte rasa e tiveram trauma. E um acidente desse pode deixar sequelas”, alerta.

Uma forma simples de ajudar o trabalho dos Bombeiros é identificar a criança com uma pulseirinha. “Na pulseira deve constar não só o nome da criança, mas o nome do pai ou responsável e o telefone para contato. A identificação da criança, a supervisão dos pais, procurar sempre um posto guarda-vida para saber o melhor local para banho são pontos que podem diminuir a possibilidade de afogamento”, 


Bombeiros retornam com jovens desaparecidos


O estado de saúde dos meninos é bom.


Bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) encontraram os dois jovens que estavam perdidos na Serra do Mar por volta das 11 horas desta quarta-feira (7). Eles devem passar o dia caminhando pelas trilhas até conseguirem alcançar uma fazenda da região, onde familiares aguardam os rapazes. O estado de saúde deles é bom.

De acordo com informações do major Samuel Prestes, chefe do Gost, devido ao mau tempo e a dificuldade de acesso ao local não é possível fazer o resgate por helicóptero.
Os bombeiros foram avisados do desaparecimento dos dois amigos na manhã de terça-feira (6) pela família. Eles foram para a região da Serra do Mar no domingo (5) onde fariam uma trilha. A previsão era que eles voltassem na segunda-feira. Como isso não aconteceu, a família acionou o resgate. Os bombeiros conseguiram contato com os jovens no final da tarde de ontem pelo telefone celular.

Devido ao mau tempo, o resgate foi iniciado apenas na manhã desta quarta-feira. Os montanhistas estavam abrigados e com alimentação.


Começa resgate de jovens que sumiram no Pico do Paraná

Os jovens foram localizados ontem pelo telefone celular

Os bombeiros conseguiram localizar ainda na terça-feira (06) os dois jovens que se perderam no Pico do Paraná, na Serra do Mar. Eles começaram a trilha no domingo (04) e se perderam. Segundo os bombeiros do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), os jovens passaram a localização pelo telofone celular e ficaram mais calmos com o contato.
Eles estão bem, abrigados em uma barraca e com alimentação. Como a localização foi feita já no final da tarde, a decisão do grupamento foi de fazer o resgaste a partir desta quarta-feira (07).
Por volta das 6 horas, os bombeiros começaram a se deslocar a caminho da localização dos jovens.