26 de abr. de 2011

Direto do Centro de Operações, Paes diz que não havia como prever o temporal

Rio de Janeiro

Acompanhando a chuva que cai no município do Rio direto do Centro de Operações, o prefeito Eduardo Paes disse, na madrugada desta terça-feira, que não havia como prever um temporal como o da noite desta segunda-feira. Paes informou, ainda, que a chuva deve continuar nas próximas horas, mas de forma moderada. "Pelo radar metrológico não vinha com uma intensidade grande, mas as características mudaram", disse o prefeito.


Sobre a Praça da Bandeira, Paes disse que a situação no local é um problema histórico. "Vamos fazer uma obra grande, financiada pelo governo federal, mas que ainda não foi iniciada", disse o prefeito.

Eduardo Paes citou, também, os deslizamentos na cidade e garantiu que não houve vítimas. O Centro de Operações informou que na Grande Tijuca choveu 200 mmm o equivalente ao volume médio previsto para 40 dias.

Ainda de acordo com o Centro de Operações, das 19h até o momento, Defesa Civil recebeu 69 chamados, sendo 40 por alagamento. Bairros com maior número de chamados estão na Grande Tijuca.
O temporal começou por volta das 20h e durou mais de duas horas em alguns bairros. Às 21h30, o município entrou em estágio de alerta por causa da persistência das chuvas. Segundo a GeoRio, é o terceiro tipo de alerta em escala de quatro. A previsão para hoje é de tempo ruim, com máxima de 28 graus e mínima de 20 graus, segundo o Climatempo.


Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

Rua do Estácio alagada devido a forte chuva da noite desta segunda-feira

O temporal se concentrou mais sob a Zona Norte, principalmente a Tijuca, onde choveu o equivalente a 30 milímetros em 15 minutos. O Rio Maracanã transbordou rapidamente, transformando a Avenida Maracanã em mar, com carros boiando. A correnteza chegou a virar uma van na Rua Conselheiro Olegário. O trânsito parou nas principais vias do bairro.

No Morro da Cachoeirinha, na encosta da Grajaú-Jacarepaguá, a sirene instalada para alertar moradores do risco de deslizamento soou, mas não houve queda de barreiras. De acordo com a Defesa Civil, houve deslizamentos, também, na na comunidade JK, Borel, Andaraí e Chacrinha. Todos sem vítimas.
Pedra deslizou na Grajau-Jacarepaguá. sentido Grajau, em frente ao Morro da Árvore Seca. O deslizamento não deixou vítimas. A via interditada no sentido Grajau.

Motoristas foram surpreendidos pelas águas e abandonaram seus automóveis. Um deles, apavorado, mandou apelo desesperado pelo celular para um site de relacionamentos na Internet: “Estou dentro do carro. A água está subindo. Não quero morrer!”.

Foto: Leitor Fábio Valério

Posto de gasolina entre as ruas Doutor. Satamini e Professor Gabizo, na Tijuca, fica alagado

A galeria sentido Centro do Túnel Rebouças chegou a ser fechada ao trânsito para evitar que motoristas pegassem a Praça da Bandeira, que ficou inundada, mas foi liberada na madrugada desta terça-feira. Ruas também ficaram alagadas em Vila Isabel, Grajaú e Andaraí.

Choveu muito também no Centro, e na Zona Oeste, principalmente em Santa Cruz e Barra da Tijuca. Na Lapa, várias ruas também ficaram alagadas. Comerciantes reclamaram de prejuízos provocados pelas águas, que invadiram os estabelecimentos.

Na Avenida Brasil, bolsões d’água se formaram na altura dos bairros de São Cristóvão, Benfica, Caju, Parada de Lucas, Ramos e Cordovil. Foram registrados alagamentos também no Catumbi, Leopoldina, Cidade Nova e Praça Mauá.

Foto: Leitora Aline Martins

Quantidade de chuva na Avenida Maracanã cria ondas na calçada

A Rodovia Rio-Santos foi fechada na altura do km 441 por causa da queda de barreira. Vários pontos ficaram alagados. Outras regiões do estado também registraram chuvas fortes, como a Baixada Fluminense, São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Macaé.

Sirenes de Alerta acionadas na Grande Tijuca
 Em nota a prefeitura do Rio informou que "devido às fortes chuvas e com o objetivo de prevenir situações de risco, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informa que as sirenes das seguintes comunidades foram acionadas esta noite: Borel, Formiga, Chacrinha, Cotia, Arrelia, Encontro, Santa Terezinha, Dona Francisca e Cachoeira Grande. Nestas áreas, o índice pluviométrico ultrapassou os 40mm em uma hora e a previsão é de que a chuva continue durante a noite. Em todos estes locais, agentes comunitários orientam os moradores a deixarem suas casas e a se dirigirem aos pontos de apoio pré-definidos em cada comunidade.

A nota diz, ainda, que "o Centro de Operações reitera que a possibilidade de escorregamento nas áreas de risco da Grande Tijuca é alto. Nas últimas três horas, esta região registrou precipitação acumulada de cerca de 200mm, ou seja, choveu somente neste período mais do que o volume médio previsto para 40 dias".

A Defesa Civil recomenda aos moradores de áreas de encostas e locais sujeitos a deslizamentos que fiquem atentos a sinais de trincas e rachaduras e que se abriguem em local seguro até a chuva passar. Em caso de emergência, a população deve ligar para a Defesa Civil no telefone 199, que funciona 24 horas, priorizando os casos de deslizamentos e desabamentos.
Nas últimas três horas, de acordo com o Sistema Alerta Rio, a região da Grande Tijuca registrou precipitação acumulada de cerca de 200mm, ou seja, choveu somente neste período mais do que o volume médio previsto para 40 dias.

METRÔ

O Metrô Rio vai ampliar o horário de funcionamento das estações por meia hora nesta segunda-feira, para atender a população que tenta voltar para casa em meio à forte chuva que atinge o Rio de Janeiro. As estações do Centro e da Tijuca ficarão abertas excepcionalmente até 00h30. Caso seja necessário, a operação poderá ser estendida por mais tempo.

 vídeo

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