19 de dez. de 2010

Cavas deixam bombeiros em alerta neste verão

Já foram contabilizados mais de mil acidentes e 55 mortes em águas no ano.



Para o tenente Leonardo Mendes dos Santos, relações públicas do Corpo de Bombeiros, essas áreas não são seguras e saudáveis para banho. "Nas cavas a água é imprópria para saúde os e riscos são muito grandes. Esses locais são formados por escavações, o que deixa o fundo extremamente irregular. A pessoa perde contato com o solo de um momento para outro", alerta. Ao cair em um buraco dentro da cava, a vítima, caso não saiba nadar, acaba se afogando. "Além disso, existe o risco de se enroscar ou se machucar em objetos submersos no lodo. Essa orientação vale também para as represas", ressalta.


O mergulho em rios também é considerado perigoso pelo tenente. "Nos rios existem correntezas e pedras soltas, que podem facilitar a ocorrência de contusões", diz. Por não conhecer os rios, Santos relembra que muitas pessoas acabam se machucando ao mergulhar. "O mergulho em água rasa que pode trazer sérias consequências", ressalta.


Perfil

Segundo Santos, em sua maioria, as vítimas das cavas, represas e rios são jovens do sexo masculino. "Os jovens estão mais propensos a se arriscar. Brincadeiras e desafios frequentes nessa faixa etária acabam nem sempre sendo legais", alerta o tenente. "O ideal mesmo é procurar balneários ou locais próprios para banho no verão".
A proximidade das temperaturas altas do verão, que inicia no próximo dia 21, preocupa o Corpo de Bombeiros do Paraná. Fora do litoral, que é atendido pelos 906 guarda-vidas em 172 pontos durante a Operação Verão, mergulhos em ambientes como rios, cavas e represas podem ser fatais para aqueles se arriscam a nadar. Entre janeiro e ontem, o Corpo de Bombeiros atendeu 1.097 incidentes em águas, sendo que em 55 casos houve morte.