2 de jan. de 2012

Bombeiro orienta como evitar afogamentos em piscinas e rios.

Ingerir álcool e nadar após refeições pode ser perigoso.

As altas temperaturas do verão são um convite para um banho de piscina. Há ainda quem prefira um mergulho em rios e lagos, porém, não se pode descuidar do risco de um afogamento, que são mais freqüentes nesta época do ano. Segundo o Corpo de Bombeiros, neste mês um adolescente de 17 anos morreu afogado no rio Tietê, na cidade de Tietê. O acidente aconteceu na última terça-feira (27).

Para evitar que isto ocorra, o capitão do Corpo de Bombeiros de Itapetininga, interior de São Paulo, Paulo Monteiro Filho, dá algumas recomendações.

“Em primeiro lugar, lagos, rios e represas não são lugares de nadar, a menos que sejam um balneário com a presença de guarda vidas profissionais. Existe uma máxima que diz ‘água no umbigo, sinal de perigo’. Se isso for respeitado, há uma grande chance do acidente não ocorrer”, diz o bombeiro.

Os churrascos e confraternizações regados a cerveja também podem ser um perigo. “O álcool também pode ser um fator que acarreta acidentes, assim como prática de natação logo após as refeições, portanto é recomendado um tempo de descanso para digestão antes de uma atividade física na água”.

E em caso de afogamento, o que as pessoas ao redor podem fazer para ajudar?


“A primeira coisa a ser feita é arremessar algo flutuante para a pessoa que se afoga. Pode ser uma boia, uma câmara de ar ou até uma garrafa pet, que, conforme o tamanho da vítima, pode ser útil. Uma corda também é de grande valia. Nós não aconselhamos as pessoas a entrarem na água para tentar salvar alguém do afogamento. Esse trabalho, pra quem é experiente, é muito difícil e um leigo, sem treinamento, tem uma grande probabilidade de se tornar mais uma vítima”.

Depois que a vítima está em terra, é preciso desobstruir a boca e o nariz. “Deve-se deitá-la de costas, elevar o queixo da vítima, para liberar as vias aéreas superiores, e observar se ela aspirou ou ingeriu líquido. Se ela cuspir a água, vire a cabeça da vítima de lado evitando assim que o líquido não seja novamente aspirado ou engolido”.

Enquanto os bombeiros não chegam, e se alguém ao redor tiver treinamento, é permitido reanimar a vítima. “Em caso de parada cardiorrespiratória, se alguem tiver capacitação, deve-se executar as manobras de reanimação cardiopulmonar”, explica o capitão Monteiro.