12 de jan. de 2012

Posto do CB na Orla está entregue a maresia - Sergipe

Com o verão, férias escolares e a grande presença de turistas, a preocupação com a segurança nas praias aumenta. Apesar de os locais considerados mais perigosos nas praias da capital estarem devidamente sinalizados há quem ainda descumpra as normas. De acordo com o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Erivaldo dos Santos Santana, a corporação faz um trabalho de orientação nas praias, entretanto, percebe a resistência do cumprimento dessa e por isso nos trechos que representam maior perigo é destinada uma dupla de guarda vidas. “Fazemos principalmente um trabalho de orientação nas praias, mas a gente sabe que existe uma grande resistência por parte das pessoas então a gente não consegue atingir 100% dos frequentadores. Mas boa parte das pessoas que abordamos entende os perigos e assume uma postura mais cuidadosa, entretanto, outra parte a gente pode explicar inúmeras vezes e ainda assim eles retornam às situações de risco. Por isso que além da placa de perigo nós deixamos uma dupla ali perto para fazer o trabalho de visualização, mas não basta só a placa é complicado”, assegura.
Questionado a respeito de quem desrespeitaria mais as normas de segurança o Tenente-Coronel informa que se trata da população local que por ter o sentimento de pertencimento muito forte acaba se desvencilhando do que seria considerado uma postura segura. “Certamente a população local desrespeita mais as sinalizações que indicam perigo. Os turistas geralmente são mais compreensivos e até procuram a gente para obter orientações a respeito de locais indicados para banho e os locais que seriam mais seguros para fazer isso então eles também não entram muito, ou seja, vão até a profundidade em que a água bate na cintura, ficam um pouco e logo saem. Já a população local acha que porque conhece a praia pode se arriscar mais e por isso são mais ousados, vão para o fundo e estão mais sujeitos a acidentes”, revela e acrescenta que os locais mais perigosos para o banho são o trecho próximo à Coroa do Meio e as imediações dos arcos da Orla. “No nosso litoral há lugares bastante perigosos. Na capital os mais críticos são na frente dos arcos da Orla por causa da profundidade e da corrente marítima que é bem mais forte durante alguns meses do ano e na Coroa do Meio, que é considerado perigoso durante todo o ano”.
Segundo o Tenente-Coronel, devido ao horário de fiscalização, que é das 08h às 17h, e do baixo efetivo que tanto a vistoria como a sinalização não podem ser feitas como deveriam ser. “Na medida do possível a gente consegue evitar acidentes, mas o problema é por causa do nosso horário também que é das 08h às 17h. Depois desse horário a gente só deixa sinalizado. Logo cedo ou à noite a gente não presta o serviço. A gente também não tem efetivo para sinalizar toda a extensão. O ideal seria sinalizar até o Mosqueiro, mas a gente procura sinalizar os locais mais perigosos, onde tem mais incidência. A gente vai com a viatura e olha para ver se não tem alteração, mas não temos como sinalizar toda a extensão”, declara.