2 de jan. de 2012

Em 12h de buscas, bombeiros não encontram o menino que foi soterrado no Lixão de Campo Grande.o 7h30

O trabalho de buscas do Corpo de Bombeiros pelo menino de 10 anos, soterrado no lixão de Campo Grande foi até às 4h55 da manhã. Em 12h de procura, os bombeiros conseguiram escavar aproximadamente 700 metros quadrados, mas ainda não localizaram a criança.

Lixão estava com 7m de profundidade. 
Bombeiros escavaram 700m² e ainda não localizaram menino. 
(Foto: João Garrigó)

Todo o empenho foi acompanhado de perto pela mãe, tia e pai do menino. Segundo o capitão André Vitório Munhoz Rosa de Oliveira, a mãe, Lucilene Correia, de 31 anos, estava muito nervosa.

A pausa no serviço de buscas é para recompor o maquinário, uma das máquinas precisa abastecer e outra repor uma peça. O quartel da Costa e Silva, responsável pela área vai retomar o serviço às 7h30.

A procura foi noite adentro com a ajuda de um gerador que pode iluminar o serviço. O trabalho vai continuar com a equipe que assume o plantão agora.

História

O desmoronamento de parte do lixão na saída para Sidrolândia, em Campo Grande, soterrou uma criança, na tarde desta quarta-feira. O menino de 10 anos estava junto com outras crianças num lugar chamado de barranco, dentro da montanha de lixo.

A busca começou por volta das 16h30, após trabalhadores verem a criança ser soterrada. No local estiveram três ambulâncias do Corpo de Bombeiros e uma do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência). Catadores de lixo que atuam no local viram quando as crianças estavam no barranco e um caminhão chegou para despejar entulho.

O lixo foi empurrado para o barranco por uma máquina, como é praxe e, nesse momento, conforme contaram os trabalhadores, houve o desmoronamento em direção às crianças. A maioria conseguiu escapar, menos duas, entre eles o garoto que está sendo procurado.

Segundo o relato feito pelos trabalhadores às equipes de socorro, um dos meninos conseguiu sair da montanha de lixo e fugiu. A presença de crianças no local é proibida, embora as denúncias sejam frequentes.

Onze trabalhadores estavam no barranco, que é considerado um lugar perigoso do lixão, e por isso poucas pessoas se arriscam a trabalhar lá. Segundo os catadores, o local está sem seguranças que impeçam a entrada de crianças, que é proibida.