2 de jan. de 2012

Praia do Futuro lotada no primeiro dia do ano.

A lua crescente e a maré cheia no horário de maior 
movimento deixaram os guarda-vidas em estado de alerta



No primeiro dia do ano, uma multidão lotou as praias de Fortaleza. É tradição, seja para dar sorte, se refrescar, ou mesmo para curar a ressaca da festa que, para muitos, só terminou pela manhã. Porém, ontem, os banhistas tiveram que redobrar a atenção. Com a fase crescente da lua e a maré cheia no horário de maior lotação, das 13 às 15 horas, foram muitas as valas formadas, principalmente na Praia do Futuro, considerada pelos guarda-vidas como uma das mais perigosas do Ceará.

De acordo com o subtenente Antônio Santos, do Corpo de Bombeiros, a Praia do Futuro só perde para a do Caça e Pesca em número de ocorrências, cerca de 16 por dia. Por isso, o efetivo recebeu reforços não só de homens, mas também de equipamento. "Estamos com todo o material necessário para atender às ocorrências e fazer um trabalho intensivo de prevenção", disse.

Entre os fatores que contribuíram para ontem ser um dia de atenção redobrada estava a situação do banhista, a lotação da praia e as condições climáticas. "É um dia ´D´ para nós porque, quem vai para o mar, geralmente, não dormiu direito, bebeu ou comeu demais. Ainda tem a tarifa social, que facilita o acesso das pessoas à praia", explica.

Segundo o subtenente, a intenção era montar na Praia do Futuro um posto de comando, o que permitiria um melhor atendimento às crianças perdidas, ocorrências que terminam por desviar um pouco atenção dos guarda-vidas da observação do mar. "Não foi possível pela falta de quórum, ocasionada pelo movimento de greve dos bombeiros e policiais. Nosso efetivo está reduzido a cerca de 70 % do total", explicou.

O suboficial também chamava a atenção dos banhistas para atitudes simples, que podem salvar vidas. "Sempre recomendamos que as pessoas não entrem no mar após ingerirem bebidas alcoólicas. Àquelas que entram na água, recomendamos que não deixem a água ultrapassar a linha da cintura".

Pulseiras

Os guarda-vidas também distribuíram pulseiras de identificação para as crianças, o que facilitaria a localização da família, caso os pequenos se perdessem. A pulseira, confeccionada com material emborrachado e à prova de água, permitia que os pais escrevessem informações como o nome da criança, endereço residencial, telefone e o nome do responsável.

Já na Praia do Meireles, onde a segurança é feita pelos guardas municipais, a equipe de reportagem observou uma das torres de guarda-vidas vazia. Através da sua assessoria de imprensa, o comandante do Pelotão de Salvamento Aquático da Guarda Municipal, Helder Luna, informou que "os guarda-vidas da torre em questão tiveram um imprevisto e chegaram atrasados ao serviço de ontem. Mas que, no local, permaneceram três homens, entre 10h e 17h". Ainda de acordo com a assessoria, ao todo, foram mobilizados 41 homens envolvidos nesse trabalho.

Fonte: 
REPÓRTER: KELLY GARCIA